Candidatos denunciam falhas na prova de residência da Unifesp e USP

Candidatos à residência médica da Unifesp relatam falhas na prova da Escola Paulista de Medicina. Problemas com lacres e falta de conferência de identidade surgem nos relatos

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(Imagem de reprodução da internet).

Candidatos que disputaram a prova de residência médica da Escola Paulista de Medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) no último domingo (30) relataram diversas falhas na aplicação do exame, ocorridas na Universidade São Judas, em São Paulo.

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Os relatos apontam para problemas com a segurança e a organização do processo seletivo.

De acordo com os candidatos, houve uma deficiência na disponibilidade de lacres para guardar celulares, conforme exigido no edital. Muitos participantes relataram ter mantido seus aparelhos desligados em bolsas, enquanto alguns utilizaram smartwatches, que são proibidos pelas regras.

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A falta de lacres gerou insegurança entre os participantes.

Além da questão dos lacres, os candidatos informaram que não houve a conferência de identidade durante a assinatura das listas de presença. Os participantes afirmaram ter assinado o documento sem apresentar qualquer identificação aos fiscais. Essa situação contribuiu para a sensação de irregularidade.

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Após o término da prova, os candidatos trocaram informações em um grupo criado em uma rede social, discutindo a possibilidade de ingressar na Justiça. Parte deles registrou denúncia na Polícia Civil e protocolou reclamações na Coreme (Comissão de Residência Médica) da Unifesp e na Universidade São Judas.

Candidatas solicitaram anonimato devido ao receio de represálias.

Os relatos incluem uma queda de energia durante a aplicação da prova. Uma candidata relatou que a prova prosseguiu com luz natural até que os fiscais anunciaram a concessão de tempo adicional. Outro incidente envolveu a entrega de um envelope com o conjunto de provas que chegou “inteiramente aberto”, gerando a solicitação da presença de um fiscal superior.

Outra participante testemunhou a cena, com cerca de 90 pessoas presentes.

Em 2023, um exame de pediatria da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo foi cancelado após relatos de candidatos sobre envelopes abertos e cadernos faltando. A Unifesp confirmou que dois envelopes apresentaram falta de lacre, mas não identificou sinais de violação de conteúdo ou ausência de provas.

A instituição detalhou que os envelopes foram transportados em caixas lacradas, com acompanhamento por câmeras de segurança e veículos blindados. A Coreme afirmou que o material foi conferido pelos fiscais sem indicação de irregularidade, e as caixas não apresentavam violação antes da abertura.

A Unifesp reforçou seu compromisso com a responsabilidade, a lisura e a transparência do processo seletivo. A Universidade São Judas não se manifestou.

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