Câncer de Mama: Impacto na Fertilidade Feminina. Pacientes em idade fértil com câncer de mama podem ter preocupações com a fertilidade. Consulta com Denis Schapira Wajman é fundamental
O câncer de mama, frequentemente diagnosticado em mulheres acima dos 50 anos, pode apresentar um desafio adicional: o impacto no potencial reprodutivo. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 15% das pacientes diagnosticadas com a doença estão em idade fértil e enfrentam a preocupação com a fertilidade.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A possibilidade de engravidar após o tratamento depende de diversos fatores, como o tipo de terapia utilizada, a idade da paciente e a reserva ovariana remanescente. A consulta com especialistas, como o ginecologista e obstetra Denis Schapira Wajman, do Einstein Hospital Israelita, é fundamental para avaliar as opções e expectativas.
A quimioterapia, um dos tratamentos mais comuns para o câncer de mama, pode afetar a fertilidade devido ao seu mecanismo de ação. Agentes alquilantes, como a ciclofosfamida, são particularmente prejudiciais aos folículos ovarianos, comprometendo a reserva ovariana.
Essa redução na capacidade ovariana pode levar à falência ovariana, principalmente em mulheres com idade superior a 35 anos ou com baixa reserva ovariana prévia. A quimioterapia pode resultar em amenorreia temporária, mas o impacto definitivo sobre a fertilidade é, em geral, reversível após o término do tratamento. É crucial iniciar a preservação da fertilidade o mais cedo possível, buscando orientação médica.
A preservação da fertilidade em mulheres com câncer de mama deve ser priorizada antes do início do tratamento. As principais estratégias incluem o congelamento de óvulos e embriões, que permitem à mulher manter a possibilidade de gestação no futuro.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O congelamento de óvulos é uma opção viável, mas a taxa de sucesso varia conforme a idade da paciente no momento do congelamento. Dados da American Society for Reproductive Medicine (ASRM) indicam que mulheres com menos de 35 anos que congelam 15 óvulos têm aproximadamente 70% de chance de ter um bebê no futuro, enquanto esse potencial pode se aproximar de 95% com o aumento para cerca de 25 óvulos.
Em casos específicos, o congelamento de tecido ovariano pode ser a única opção viável.
Durante o tratamento do câncer de mama, a utilização de métodos contraceptivos não hormonais é recomendada para evitar gestações, que podem trazer riscos significativos para a mãe e o bebê. O tamoxifeno, por exemplo, é contraindicado na gestação devido ao risco de malformações fetais.
As decisões terapêuticas são individualizadas e priorizam a segurança materno-fetal. A consulta com especialistas é essencial para dimensionar as expectativas e garantir o melhor cuidado possível.
Autor(a):
Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!