Camisotti nega ter tentado “corromper” autoridades; Polícia apura caso

Empresário nega ligação com empresa ligada a delegado; Polícia Civil investiga atuação de Eli Cohen. Saiba mais no Poder360.

14/10/2025 6:34

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Camisotti nega ter tentado “corromper” autoridades; Polícia apura caso
(Imagem de reprodução da internet).

Empresário Negga Tentativa de Corromper Autoridades em Investigação do INSS

O empresário Maurício Camisotti declarou ao Poder360 que não realizou nenhuma tentativa de corromper autoridades, em resposta a áudio obtido pelo mesmo veículo. O áudio, que foi alvo de investigação pela Polícia Federal, mostrava que o advogado Eli Cohen, figura central da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), mencionava que o delegado Roberto Monteiro realizava “acertos” para Camisotti.

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Camisotti também afirmou não ter qualquer relação com a empresa SPS Manager Administradora e Corretora de Seguros Ltda., de propriedade da esposa, Giovanna Santos Monteiro de Andrade. Além disso, negou participação em desvios de aposentadorias.

A declaração completa foi enviada à reportagem:

“O empresário Maurício Camisotti esclarece que nem ele, nem quaisquer de suas empresas, mantiveram ou mantêm qualquer relação contratual com a SPS Manager Administradora e Corretora de Seguros Ltda.”

Camisotti reiterou que jamais tentou corromper autoridades, bem como nunca participou de qualquer irregularidade ou fraude envolvendo o INSS.

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A declaração surge após gravações em que Eli Cohen, principal investigado, admitiu ter poupado o delegado Roberto Monteiro em seu depoimento à CPMI do INSS. Segundo Cohen, Monteiro “resolvia” problemas de Camisotti e intermediou pagamentos que totalizariam R$ 7 milhões, supostamente para garantir silêncio sobre o caso. O valor, segundo Cohen, teria sido embolsado por Danilo Trento, ex-parceiro do empresário.

Procurado, Eli Cohen não respondeu às solicitações de entrevista. Roberto Monteiro também foi contatado em 3 números distintos, fornecidos por pessoas próximas ou presentes no quadro social de sua empresa na Receita Federal, mas não retornou os contatos. O espaço permanece aberto para manifestações futuras.

A Corregedoria-Geral da Polícia Civil, responsável por apurar a conduta de Monteiro, informou à reportagem:

“A Corregedoria-Geral da Polícia Civil informa que já instaurou um procedimento disciplinar administrativo para apurar rigorosamente as denúncias citadas. A Instituição reafirma o compromisso com a legalidade, ética e transparência, e ressalta que todas as condutas incompatíveis com os princípios da atividade policial são devidamente investigadas e punidas, de acordo com a legislação vigente. A Corregedoria permanece à disposição para colaborar com os órgãos competentes.”

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