Caminho Verde Brasil: Novo modelo de crédito restaura áreas degradadas! 💰 R$ 50 bilhões injetados no campo com metas ambientais e produtivas. Eco Invest Brasil e bancos públicos lideram iniciativa de 40 milhões hectares. #MeioAmbiente #Agricultura #DesenvolvimentoSustentável
O programa Caminho Verde Brasil representa uma mudança significativa na abordagem da recuperação de áreas degradadas no Brasil. Mais do que um simples projeto ambiental, ele se estabeleceu como uma política de crédito, com metas claras de produtividade, clima e rastreabilidade.
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Essa nova estrutura visa impactar diretamente a gestão de riscos no campo, utilizando uma engenharia financeira para financiar a “restauração produtiva” em larga escala.
O Eco Invest Brasil, um mecanismo que combina capital catalítico público e recursos privados, desempenha um papel crucial nesse processo. Ao direcionar o crédito para áreas historicamente degradadas e condicionar o financiamento a metas ambientais e produtivas, o programa busca alterar a percepção do risco no campo, resgatando instrumentos de mitigação, como o seguro rural, embora sem integração direta.
Inicialmente, o leilão do Eco Invest Brasil captou R$ 30,2 bilhões em investimentos, destinados à restauração produtiva de aproximadamente 1,4 milhão de hectares, com desembolsos previstos entre 2025 e 2027. O assessor especial do Mapa, Carlos Augustin, destaca que o programa já está em operação, com recursos assegurados e bancos vencedores estruturando a oferta de crédito aos produtores e investidores.
Além da captação inicial, o governo assinou, durante a COP30, em Belém, um acordo associado a um aporte financeiro de até US$ 1 bilhão para a recuperação de áreas degradadas, elevando o potencial total do programa para cerca de R$ 50 bilhões, abrangendo até 40 milhões de hectares.
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Do ponto de vista operacional, dez bancos foram selecionados – sete privados e três públicos (Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica Federal) – para ampliar a capilaridade do programa. A pré-alocação indica um direcionamento para biomas estratégicos, com 57% dos recursos no Cerrado, seguido por Mata Atlântica (13%), Amazônia (12%), Caatinga (10%) e Pampa e Pantanal (cerca de 4% cada).
O maior interesse se concentra em culturas perenes (33%) e abordagens integradas (29%), como SAFs (Sistemas Agroflorestais) e ILPFs (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta). Também aparecem lavouras anuais ou pecuária isolada (27%) e florestas e restauração (11%).
O programa estabelece requisitos ambientais rigorosos, como a proibição de desmatamento por dez anos e a comprovação de redução de emissões de gases de efeito estufa, por meio de monitoramento por satélite e protocolos técnicos coordenados pela Embrapa.
O objetivo é alinhar incentivo financeiro e exigência ambiental para induzir uma mudança estrutural no uso da terra.
A lógica central é produzir mais, com menos emissão, maior produtividade, maior economia e competitividade no mercado. O programa busca transformar a recuperação de áreas degradadas em um motor de desenvolvimento sustentável, impulsionando a produtividade agrícola e a proteção ambiental.
O Caminho Verde Brasil representa uma nova abordagem para a gestão do território brasileiro, combinando investimento financeiro com rigorosos critérios ambientais. A expectativa é que, ao longo dos próximos anos, o programa contribua significativamente para a recuperação de áreas degradadas, o aumento da produtividade agrícola e a redução das emissões de gases de efeito estufa.
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