Câmera “Maior Filme do Universo” em Lançamento: Projeto LSST Promete Descobertas!

Equipamento inovador, chamado “maior filme do universo”, pronto para iniciar operações. Câmera de 3.200MP do LSST registrará o céu por 10 anos. Projeto do SLAC no Chile

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Um equipamento inovador, concebido como “o maior filme do universo”, está pronto para iniciar suas operações. A maior câmera digital já construída para a astronomia, com 3.200 megapixels, será responsável por registrar imagens contínuas do céu ao longo de uma década, gerando um retrato detalhado e dinâmico do Universo.

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Este projeto faz parte do levantamento Legacy Survey of Space and Time (LSST), com início de operações previsto para este ano.

Conclusão do Projeto LSST

Após quase duas décadas de desenvolvimento, a câmera foi finalizada por engenheiros e cientistas do Laboratório Nacional de Aceleradores SLAC, nos Estados Unidos. O equipamento será instalado no Observatório Vera C. Rubin, localizado no topo do Cerro Pachón, no Chile, a mais de 2.700 metros de altitude.

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A câmera será acoplada ao Telescópio de Pesquisa Simonyi, permitindo observações repetidas do céu do hemisfério sul.

Funcionamento da Câmera LSST

A câmera do LSST possui dimensões comparáveis às de um carro pequeno e pesa aproximadamente três toneladas. Seu plano focal integra sensores alinhados com precisão extrema, permitindo captar detalhes muito sutis do céu profundo. Cada imagem é obtida com exposições de 15 segundos, seguidas por um período de leitura dos sensores.

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Este processo, mais lento e controlado, minimiza interferências e ruídos, possibilitando a observação de objetos extremamente tênues.

Para garantir a qualidade dos dados, parte do sistema opera a temperaturas próximas de -100 °C, o que reduz a atividade térmica nos sensores. A resolução da câmera é suficiente para identificar uma bola de golfe a mais de 20 quilômetros de distância, enquanto cobre uma área do céu várias vezes maior que a da Lua cheia.

Objetivos e Expectativas do Projeto

Ao longo de 10 anos, o levantamento deverá registrar bilhões de estrelas e galáxias, criando um banco de dados sem precedentes. Um dos principais objetivos é estudar a matéria escura e a energia escura, componentes invisíveis que influenciam a estrutura e a expansão do Universo.

As imagens também permitirão observar efeitos de lentes gravitacionais, fenômenos causados pela curvatura da luz devido à gravidade de grandes massas cósmicas.

Além da cosmologia, o projeto terá impacto direto no estudo dos asteroides e outros corpos celestes. Os pesquisadores estimam que o número de asteroides e outros corpos conhecidos pode aumentar em até 10 vezes, ampliando o monitoramento de objetos que passam nas proximidades da Terra.

Todos os dados coletados serão disponibilizados à comunidade científica internacional, o que deve acelerar descobertas e permitir a participação de universidades, centros de pesquisa e cientistas cidadãos.

A expectativa é que o levantamento se torne uma referência para a astronomia nas próximas décadas.

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