Câmara aprova lei para punir devedores morosos; projeto segue para sanção de Lula. Proposta tem 436 votos favoráveis e 2 contrários.
A Câmara dos Deputados aprovou, na terça-feira, 10, um projeto de lei que visa estabelecer um marco legal para identificar e punir contribuintes com histórico de inadimplência persistente e de grande impacto. A proposta, com 436 votos a favor e apenas dois votos contrários, segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem necessidade de análise adicional pelo Senado.
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O projeto define critérios objetivos para diferenciar empresas com dificuldades financeiras temporárias de aquelas com práticas de inadimplência sistemáticas e de grande monta. Para ser considerado um devedor contumaz, o contribuinte deve atender a quatro requisitos:
Após a identificação do devedor contumaz, a proposta prevê um conjunto de sanções, aplicáveis somente após processo administrativo com direito à defesa. As penalidades incluem a proibição de participar de licitações e celebrar contratos com o setor público, a vedação ao recebimento de benefícios fiscais e o impedimento de ingresso ou prosseguimento em processos de recuperação judicial, em casos de fraude estruturada.
Também podem ser aplicadas medidas cautelares preventivas, com foco na proteção do crédito tributário.
Além das sanções, o projeto incentiva a conformidade voluntária, regulamentando programas como Confia e Sintonia. Esses programas visam promover uma relação mais transparente entre a Receita Federal e os contribuintes, através de mecanismos como a autorregularização antes de processos sancionatórios, a classificação de risco e a diferenciação de tratamento com base no histórico fiscal, além da redução de multas por bom comportamento e o diálogo permanente entre a Receita e os setores produtivos para antecipar conflitos.
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O Ministério da Fazenda acredita que essa combinação de medidas punitivas e cooperativas contribuirá para reduzir a litigiosidade, aumentar a previsibilidade e otimizar a arrecadação. O projeto recebeu apoio de entidades empresariais, que destacaram o fortalecimento da segurança jurídica e o combate a estruturas criminosas que utilizam a inadimplência organizada para financiar atividades ilegais.
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