Câmara Aprova Emenda que Restringe Voto de Presos Provisórios

Câmara aprova emenda que restringe voto de presos provisórios. Deputado Marcel Van Hatten defende medida, citando baixa participação. Debate em audiência pública nesta terça-feira (2)

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(Imagem de reprodução da internet).

Câmara Aprova Emenda que Restringe Voto de Presos Provisórios

A Câmara dos Deputados aprovou uma emenda ao Projeto de Lei Antifacção, que visa restringir o direito ao voto de presos provisórios. A proposta, de autoria do deputado Marcel Van Hatten (Novo-RS), agora segue para análise no Senado. O tema será debatido em audiência pública nesta terça-feira, 2.

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Direito ao Voto e Implementação

O direito ao voto para presos provisórios é garantido pela Constituição desde 1988. No entanto, a implementação em larga escala ocorreu em 2010, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) regulamentou a instalação de urnas em unidades prisionais.

Antes disso, a votação era realizada de forma esporádica, por meio de iniciativas isoladas de estados.

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Participação Limitada

Apesar da regulamentação, a participação dos presos provisórios nas eleições permanece limitada. Em 2022, 12.903 detentos estavam aptos a votar, representando 7,15% dos 180.346 presos provisórios registrados naquele ano. Em 2010, essa taxa era de 11,4%.

Em 2024, sete estados não disponibilizaram seções eleitorais, com apenas 6.322 presos aptos a votar entre 186 mil.

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Argumentos e Reações

A emenda aprovada pela Câmara amplia a suspensão de direitos políticos, estendendo-a a detentos cuja prisão preventiva ou domiciliar ocorreu antes da condenação. O deputado Marcel Van Hatten argumenta que a condição de preso é incompatível com o exercício do voto, e que essa medida reforçaria a credibilidade do sistema eleitoral.

Ele destaca que menos de 15% dos presos provisórios participam das eleições, apesar dos esforços para instalar urnas em unidades penais, classificando o voto desse grupo como “contrassenso”.

O líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), criticou a proposta, citando o exemplo de uma deputada que exerce mandato enquanto presa na Itália. Para ele, impedir o voto de presos provisórios é incompatível com a lógica dos direitos políticos assegurados pela Constituição.

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