Cafeicultura em Rondônia: Crescimento Promissor e Inovação na Produção de Robustas

Cafeicultura em Rondônia apresenta cenário promissor: estudo da Embrapa aponta modernização e alta produtividade nas Matas de Rondônia. Grãos se destacam com sustentabilidade e bom lucro

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(Imagem de reprodução da internet).

Panorama Positivo da Cafeicultura em Rondônia

Um estudo realizado pela Embrapa revelou um cenário promissor para a cafeicultura nas Matas de Rondônia, região que se destacou na última década pela produção de robustas amazônicas. Essa espécie, desenvolvida especificamente para a região e acompanhada de manejo e insumos adequados, se consolidou em pequenas propriedades com alta tecnificação, produtividade elevada, sustentabilidade ambiental e boa margem de lucro.

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O raio-x da principal região produtora do estado demonstra um modelo de produção eficiente e adaptado às características da região.

Transformação da Produção de Café

A cafeicultura das Matas de Rondônia passou por uma notável transformação nas últimas décadas. Inicialmente concentrada em pequenas propriedades, a produção se beneficiou de um manejo adequado e da utilização de insumos específicos para a espécie robusta amazônica.

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Essa combinação de fatores resultou em um modelo de produção altamente eficiente, com características marcantes como alta tecnificação, produtividade elevada, sustentabilidade ambiental e boa margem de lucro. Essa evolução se refletiu em um setor que se consolidou como um importante motor econômico da região.

Dados e Indicadores Chave

O estudo apresentou dados impressionantes sobre a evolução da cafeicultura na região. A área de cafezais em produção encolheu de 245 mil hectares em 2001 para apenas 60,6 mil hectares em 2023, um reflexo da modernização e da otimização da produção.

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Paralelamente, a produtividade saltou de 7,8 sacas por hectare para 50,2 sacas por hectare no mesmo período, um fenômeno conhecido como “poupa-terra” que demonstra a eficiência da produção. Esses indicadores, combinados com a alta rentabilidade da produção, contribuíram para a valorização do setor.

Impacto Socioeconômico e Tecnológico

O desenvolvimento da cafeicultura nas Matas de Rondônia gerou um impacto socioeconômico significativo na região. Em 2021, os 15 municípios formadores da região receberam o registro de Indicação Geográfica do tipo denominação de origem para o grão produzido na região, um reconhecimento da qualidade e da origem do produto.

Além disso, a alta rentabilidade da produção contribuiu para a fixação dos jovens no campo, com a redução da idade média do cafeicultor de 53 para 47 anos. A crescente tecnificação da produção, com a utilização de mais de 200 máquinas colhedoras e o acesso à internet por 97,7% dos produtores, impulsionou ainda mais o desenvolvimento do setor.

Desafios e Oportunidades Futuras

Apesar dos avanços, a cafeicultura nas Matas de Rondônia ainda enfrenta desafios importantes, como a escassez de mão-de-obra, especialmente nos períodos de colheita, e a necessidade de desenvolver tecnologias específicas para a colheita de robustas amazônicas, que possuem um caule diferente das plantas arábica.

Além disso, a maioria dos produtores (61%) não faz registro algum das suas finanças, o que dificulta o planejamento e a gestão da produção. A crescente influência das mudanças climáticas, com períodos mais longos de seca, também representa um desafio para a sustentabilidade da produção, exigindo a adoção de técnicas avançadas de eficiência hídrica.

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