Exportações de café Brasil para a China sobem 30,4% em 2025! China enviou 1.042.980 sacas de 60kg. Cecafé aponta infraestrutura portuária como desafio.
As exportações de café brasileiro para a China apresentaram um aumento significativo no período de janeiro a novembro de 2025, registrando um crescimento de 30,4% em comparação com o mesmo período de 2024. Um total de 1.042.980 sacas de café, cada uma com 60 kg, foram enviadas para o país asiático.
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Em 2024, o volume embarcado foi de 799.722 sacas.
Os dados sobre este crescimento são do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). O relatório completo, com 3 MB, está disponível para consulta.
O Brasil embarcou 36,9 milhões de sacas de café ao exterior no período, um volume inferior a 46,7 milhões de sacas registrados em 2024. Essa redução geral nas exportações foi influenciada pela diminuição da demanda de alguns dos principais compradores de café brasileiro.
Redução nos Principais Destinos
Os Estados Unidos, principal destino histórico de sacas brasileiras, registraram uma queda de 32,2% nas compras em relação a 2024. Além dos EUA, Alemanha, Itália e Japão também reduziram sua participação nas importações de café brasileiro.
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Entre os países que compõem os 10 principais destinos do café nacional, apenas China, Japão, Turquia e Rússia aumentaram seu volume de compra. Destaca-se o crescimento mais expressivo na demanda asiática.
Segundo o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, a queda nas exportações foi causada principalmente pela infraestrutura inadequada dos portos brasileiros e pelos problemas logísticos. Ferreira informou que 52% dos navios com sacas brasileiras enfrentaram atrasos ou alterações de escala em 2025.
Entre agosto e novembro de 2025, o período de vigência das taxas impostas pelos EUA, as exportações de café ao principal parceiro comercial despencaram 54,9% em comparação com os mesmos quatro meses de 2024. A Casa Branca já reverteu a maioria das barreiras contra produtos relacionados ao café brasileiro.
Ferreira afirmou que a perspectiva com a retirada das sanções indica uma melhora no fluxo para os EUA, mas que o café solúvel ainda enfrenta uma taxação de 50% nos Estados Unidos. “Após a retirada do tarifaço sobre os cafés arábica, conilon, robusta, torrado e torrado e moído, observamos a retomada dos negócios entre Brasil e EUA, o que implica que deveremos observar melhorias nos números a partir deste mês de dezembro.
Contudo, é preciso recordar que o café solúvel, que representa 10% de nossas exportações aos americanos, ainda segue tarifado em 50%, por isso continuaremos trabalhando para que esse produto também seja isento da taxação”, disse Ferreira.
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