Bruno Bonetti assume no Senado; disputa pela maioria legislativa aquece entre PT e aliados de Bolsonaro. Romário licencia-se por 120 dias
O senador suplente do Partido Liberal (PL) – Rio de Janeiro, Bruno Bonetti, tomou posse nesta terça-feira, 16 de dezembro de 2025. Ele substituirá o ex-jogador de futebol carioca Romário por um período de 120 dias, durante o qual estará licenciado de suas funções no Senado.
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Romário comunicou sua licença do cargo na última quinta-feira, 11 de dezembro, informando que retornaria em abril de 2026. Ele planeja usar o período afastado para “ouvir as pessoas, visitar cidades e fortalecer o trabalho que realizo pelo meu Estado”.
Bonetti enfatizou que a licença é apenas uma pausa em sua agenda em Brasília, sem afetar seu compromisso com o Rio de Janeiro e o Brasil.
Bruno Bonetti é também presidente municipal do PL, partido do ex-presidente no Rio de Janeiro. Possui uma relação próxima com o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, que o recebeu no Congresso. Ele é conhecido por sua habilidade política em Brasília, tendo sido administrador do Núcleo Bandeirante, região administrativa do Distrito Federal.
Anteriormente, comandou a Rioluz, empresa de iluminação pública do Rio de Janeiro, de janeiro de 2020 a setembro de 2021, durante o governo do prefeito Eduardo Paes, à época filiado ao DEM.
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A chegada de Bonetti ao Senado ocorre em um momento de grande disputa política. Dois terços da Casa serão renovados no próximo ano. O controle da Casa Alta é uma prioridade tanto para o presidente do PT quanto para o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ambos enxergam na maioria legislativa um instrumento decisivo para influenciar a governabilidade e a relação com o STF. O Senado concentra atribuições exclusivas que explicam a centralidade da disputa. Cabe ao presidente da Casa, por exemplo, autorizar e conduzir processos de impeachment contra ministros do Supremo.
A disputa pela maioria no Senado é crucial. O número de ouro necessário para controlar a pauta é 41. Dos 27 senadores que permanecem com mandato até 2031, 17 têm ligação com a direita e apenas 7 com o governo. A oposição bolsonarista e seus aliados precisam eleger 24 das 54 vagas em disputa para atingir a maioria.
Já Lula precisará conquistar 34 cadeiras.
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