Bruna Caroline Ferreira desafia narrativa da Casa Branca após prisão nos EUA. Jornalista entrevista Bruna, que nega acusações e detalha sua vida familiar
A brasileira Bruna Caroline Ferreira, de 33 anos, vem contestando publicamente as alegações feitas pela Casa Branca sobre sua situação de detenção nos Estados Unidos. Em entrevista ao jornal, Bruna nega a versão apresentada pelo governo norte-americano, detalhando sua vida e relações familiares.
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A situação se tornou ainda mais complexa devido à sua prisão em Louisiana, onde permanece cercada por centenas de outras mulheres em risco de deportação.
Segundo o relato de Bruna, sua detenção ocorreu logo após deixar seu filho na escola em New Hampshire, em 12 de novembro. Após ser levada a Philadelphia e ao Texas, ela chegou a Louisiana. Ela afirma ter tentado manter uma relação amigável com a família Leavitt, incluindo Karoline, sua ex-cunhada e madrinha de seu filho.
Bruna autorizou a ida do menino à caça de ovos de Páscoa na Casa Branca e, segundo ela, “movimentou montanhas” para garantir que ele pudesse comparecer ao casamento de Karoline em janeiro.
A complexidade da situação reside no fato de que a Casa Branca tem retratado Bruna como uma mãe ausente, sem contato com Karoline. No entanto, registros judiciais e fotos de família indicam uma história diferente. Bruna e Michael Leavitt, seu ex-marido, se conheceram em uma discoteca e viveram juntos em New Hampshire, compartilhando a responsabilidade parental de seu filho.
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Apesar das divergências, eles mantiveram um relacionamento familiar, com Bruna e Michael compartilhando um endereço e Bruna autorizando Michael a ser madrinha de seu filho.
A defesa de Bruna, liderada pelo advogado Todd Pomerleau, argumenta que o governo norte-americano está criando uma narrativa distorcida. Pomerleau nega que Bruna tenha antecedentes criminais, referindo-se a um incidente em 2008 envolvendo uma briga em uma loja da Dunkin’ Donuts, que foi arquivado.
Ele enfatiza que o caso tramitou na Vara da Infância e da Juventude, sendo uma questão civil e não criminal. Bruna entrou nos EUA aos 6 anos de idade com seus pais, sendo deportada em 2012, mas obteve um green card por meio da Ação Diferida para Chegadas na Infância, um programa migratório que oferece proteção temporária contra deportação e permissão de trabalho para alguns imigrantes que chegaram ao país com menos de 16 anos e que atendem a critérios específicos.
O governo Trump reabriu o processo de deportação dela este ano.
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