Breno Altman denunciado pelo MPF por postagens racistas contra judeus
Breno Altman enfrenta sérias acusações: Justiça analisa publicações consideradas ofensivas, gerando críticas na imprensa.

Denúncia de Antissemitismo Contra Jornalista Breno Altman Desbate o Brasil
O jornalista Breno Altman, fundador do portal Opera Mundi, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por supostas acusações de antissemitismo e outros delitos contra judeus, em outubro de 2025. A decisão do procurador Maurício Fabretti, da Conib (Confederação Israelita do Brasil), ocorreu após uma notícia-crime movida pela Conib. Advogados do jornalista e profissionais da imprensa argumentam que a denúncia fere a liberdade de expressão.
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Em novembro de 2023, a Conib apresentou a notícia-crime, alegando que Altman publicou postagens racistas, injuriosas e discriminatórias. O Tribunal de Justiça de São Paulo atendeu ao pedido de remoção de conteúdo, enquanto a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito, mas não encontrou crime. Apesar disso, Fabretti manteve a denúncia.
Detalhes da Denúncia e Postagens de Altman
O procurador Fabretti citou 15 publicações feitas por Altman entre 7 de outubro de 2023 e 1º de fevereiro de 2025. Uma das postagens apagadas continha a famosa metáfora chinesa: “Não importa a cor do gato, importa que coma o rato”. Em resposta a um internauta, Altman declarou ser judeu.
Reações e Controvérsias
Os advogados de Altman afirmam que as manifestações do jornalista “não incitam o ódio nem promovem discriminação, apenas denunciam a violência de Estado e afirmam valores universais de humanidade”. Segundo a defesa, criticar o governo de Israel não é atacar o povo judeu. O juiz da 10ª Vara Federal Criminal de São Paulo solicitou a rejeição da denúncia do MPF.
Críticas e Apoio à Defesa de Altman
A Conib criticou a liberdade de expressão, mas defendeu que “difundir discurso de ódio é crime”. O advogado Daniel Leon Bialski, assessor da presidência da Conib, considerou as ofensas do advogado de Altman “inaceitáveis e inadmissíveis”. A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) declarou que Altman estava sendo censurado, argumentando que criticar o governo de Netanyahu, que tem sido condenado até mesmo por judeus em diversas partes do mundo, não é um ato de desrespeito a uma religião ou povo.
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Jornalistas, incluindo Juca Kfouri, Afonso Borges, Antonio Grassi e Alessandra Roscoe, lançaram um abaixo-assinado em apoio a Breno Altman, com 428 assinaturas, contestando a denúncia ao procurador Maurício Fabretti. O texto argumenta que a denúncia fere a liberdade de imprensa e de expressão, e que a metáfora utilizada por Altman não incita o ódio ou a discriminação.
O jornalista Glenn Greenwald, no X, criticou a esquerda por “jamais aprender” a usar a censura, e o jornalista judeu antisionista @brealt está acusado pelo MPF de ‘racismo’ contra judeus por criticar Israel. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, já disse que a Conib “persegue” Altman.
A Al Jazeera (emissora estatal da monarquia do Qatar) informou que até este domingo (12.out.2025) 67.211 pessoas morreram na Faixa de Gaza, e cerca de 170 mil ficaram feridas. A Conib disse que a liberdade de expressão é um direito assegurado no Brasil, mas “difundir discurso de ódio é crime”.
Conclusão
O caso Breno Altman levanta questões importantes sobre a liberdade de expressão, o direito à crítica e a relação entre jornalismo e questões políticas e religiosas. O debate demonstra a complexidade de equilibrar a proteção de minorias com a garantia do direito à livre manifestação de ideias.