Brasil sobe no ranking de competitividade digital, liderado por Suíça e EUA. Avanço impulsionado por pesquisa e IA, mas desafios persistem no país.
O Brasil avançou quatro posições no Ranking de Competitividade Digital de 2025, elaborado pela escola de negócios suíça IMD (Institute for Management Development). O país ocupa atualmente a 53ª posição no ranking, que avalia a capacidade dos países de adotar e desenvolver novas tecnologias.
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Suíça, Estados Unidos e Cingapura lideram o ranking. O Brasil apresentou melhorias em áreas como produção de pesquisas científicas, ocupando a 9ª posição global, e em investimentos privados em inteligência artificial. O país também se destacou na utilização de robôs em educação e pesquisa, além do aumento no uso de serviços públicos digitais pela população.
Com esses resultados, o Brasil superou África do Sul, Eslováquia, Bulgária e Turquia, que estavam à sua frente no ano anterior. O ranking considera a capacidade de 69 economias, com a Venezuela na última posição.
Apesar dos avanços, o país ainda enfrenta desafios significativos. O relatório aponta fragilidades na integração entre universidades, empresas e o setor público, no financiamento à inovação, na atração de profissionais estrangeiros qualificados e no intercâmbio de conhecimento internacional.
Pesquisadores da Fundação Dom Cabral (FDC), parceira do IMD no estudo, avaliam que o Brasil vive uma recuperação gradual de sua competitividade digital, impulsionada por avanços científicos e tecnológicos. No entanto, destacam a necessidade de reformas estruturais e maior coordenação entre governo, empresas e instituições de ensino para criar um ambiente mais inovador.
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O diretor do núcleo de inovação e tecnologias digitais da FDC, Hugo Tadeu, afirmou que o cenário econômico ainda é um entrave para o avanço tecnológico. “É óbvio que juros acima de 15% são um desafio para as empresas brasileiras e estrangeiras na expansão e acesso às tecnologias”, destacou.
Ele também ressaltou a escassez de profissionais técnicos, observando que a maior parte dos mestres e doutores no Brasil se forma em ciências sociais, enquanto o país precisa de mais engenheiros e especialistas em ciência da computação.
O Chile, em 43º lugar, é o país mais bem posicionado da América do Sul no ranking. A edição de 2025 do ranking avaliou 69 economias.
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