Brasil registra recorde de endividamento corporativo em setembro de 2025, com 8,4 milhões de CNPJs negativados, aponta Serasa Experian. Crise econômica impacta empresas e MEI
Em setembro de 2025, o Brasil registrou um cenário preocupante de endividamento corporativo, com 8,4 milhões de CNPJs negativados, um volume recorde na série histórica, conforme levantamento da Serasa Experian. O montante total das dívidas ultrapassou os R$ 200 bilhões, refletindo um desafio significativo para a economia nacional.
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A economista-chefe da Serasa Experian, Camila Abdelmalack, atribuiu o recorde a um ambiente de juros elevado e à desaceleração na concessão de crédito no segundo semestre de 2025. Essa combinação macroeconômica impacta diretamente a estrutura de custos e a receita das empresas.
A grande maioria das empresas com CNPJ negativado (7,95 milhões) se enquadra na categoria de micro, pequenas e médias empresas. Destes, 20% são Microempreendedores Individuais (MEI). A dívida média por empresa atingiu R$ 24.074,50, representando um aumento de 9,5% em comparação com o mesmo período de 2024, com um ticket médio de R$ 3.331,30.
O Sudeste concentrou o maior volume de CNPJs no vermelho (4,5 milhões), seguido pelo Sul (1,3 milhão), Nordeste (1,2 milhão) e Centro-Oeste (729 mil), com 499 mil no Norte.
O setor de serviços liderou as negativações (54,7%), seguido pelo comércio (33,2%). No que tange aos setores com maior volume de dívidas negativadas, os serviços ocuparam a primeira posição (32,1%), seguidos por bancos e cartões (19,5%).
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Camila Abdelmalack ressaltou a dificuldade de gestão financeira, especialmente entre os microempreendedores, que muitas vezes priorizam a operação do negócio em detrimento do controle financeiro. Essa lacuna se torna mais crítica em cenários econômicos desfavoráveis, impactando diretamente o faturamento dos pequenos negócios.
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