Brasil registra queda de 38% em contratações formais em agosto
Saldo de vagas na educação profissional e tecnológica despenca 38% em 2024, com serviços em alta e agropecuária em declínio.

Crescimento do Emprego Formal no Brasil em Agosto
O Brasil adicionou 147.358 empregos com carteira assinada em agosto, conforme dados oficiais divulgados nesta segunda-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Este resultado representa uma redução de 38% em comparação com o mesmo mês de 2024, marcando o pior desempenho desde a implementação do Caged em 2020.
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Análise do Período
Durante o mês de agosto, foram registradas 2,24 milhões de novas admissões e 2,1 milhões de desligamentos. No acumulado do ano até o mês de agosto, o país criou mais de 1,5 milhão de vagas de emprego. Nos últimos 12 meses, o saldo positivo de empregos foi de 1,44 milhão.
Setores com Crescimento
Quatro dos cinco setores de atividade analisados apresentaram um saldo positivo de contratações. Os setores de serviços (+81.002), comércio (+32.612), indústria (+19.098) e construção civil (+17.328) foram os que mais geraram empregos. A agropecuária, por outro lado, registrou uma retração de 2.665 postos de trabalho.
Desempenho por Estado
Entre os estados brasileiros, São Paulo liderou a geração de empregos com um saldo de 45.450 vagas. Rio de Janeiro e Pernambuco também apresentaram bons resultados, com +16.128 e +12.692 vagas, respectivamente. Esses números refletem a dinâmica econômica de cada região do país.
Salário Médio de Admissão
O salário médio real de admissão em agosto foi de R$ 2.295,01, indicando um aumento de 0,56% em relação a julho. Na comparação anual, o avanço foi de 0,86%. Observa-se uma diferença salarial entre os trabalhadores considerados “típicos” (com carteira assinada tradicional) e os “não típicos” (com contratos mais flexíveis).
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