Brasil registra queda de 22% em motoristas C e E entre 2015 e 2025. Envelhecimento da categoria preocupa. Infraestrutura precária agrava riscos.
O Brasil enfrentou uma significativa perda de condutores habilitados entre 2015 e 2025, com uma redução de 22%, conforme dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) e análise da consultoria ILOS. Em 2015, o país possuía 5,6 milhões de condutores nas categorias C e E, diminuindo para 4,4 milhões em 2025.
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Essa queda representa um desafio para o setor de logística nacional.
Um fator preocupante é o envelhecimento da categoria de caminhoneiros. A idade média dos motoristas aumentou de 38 anos em 2014 para 46 anos atualmente, representando um aumento de oito anos em uma década. Essa situação indica a falta de novos profissionais entrando na área.
O perfil típico do caminhoneiro brasileiro revela desafios importantes: majoritariamente homem (99%), com uma idade média de 46 anos, 17 anos de experiência na profissão e uma jornada de trabalho de média 12 horas diárias.
A remuneração é um fator crucial. Motoristas contratados via CLT possuem uma mediana salarial de R$ 3.120, com a maior parte recebendo entre R$ 2.562 e R$ 4.020. Autônomos recebem em média R$ 39,50 por hora, mas essa remuneração é impactada por custos operacionais.
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A infraestrutura precária das estradas agrava os problemas. Apesar do crescimento da frota de caminhões (50% entre 2015 e 2025), o avanço da pavimentação é insuficiente, representando apenas 12,6% do total de 1,7 milhão de quilômetros. Essa situação contribui para um risco elevado de acidentes, com caminhões envolvidos em mais da metade das ocorrências com vítimas fatais nas rodovias federais.
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