Importações de bens sobem 17,4% e atingem US$ 28,4 bilhões, novo recorde na série.
As contas externas do Brasil apresentaram um déficit significativo em setembro de 2025, com um saldo negativo de US$ 9,8 bilhões, um aumento em relação aos US$ 7,4 bilhões registrados no mesmo mês de 2024, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC).
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Essa situação reflete a diferença entre as exportações e importações, além de gastos de brasileiros no exterior e o envio de lucros para outros países.
A balança comercial de bens registrou um superávit de US$ 2,3 bilhões em setembro de 2025, impulsionada por um aumento de 7% nas exportações de bens, atingindo US$ 30,7 bilhões, e um recorde de importações de bens, que subiram 17,4% para US$ 28,4 bilhões.
Essa elevação nas importações foi influenciada pela importação de uma plataforma de petróleo no valor de US$ 2,4 bilhões.
O déficit na conta de serviços totalizou US$ 4,9 bilhões em setembro de 2025, uma redução de 11,6% em comparação com o mesmo período de 2024. Houve recuos nas despesas líquidas de transporte (7%) e de serviços de telecomunicação, computação e informações (12,2%).
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As despesas líquidas de serviços de propriedade intelectual aumentaram 64,9%, para US$ 1,2 bilhão.
Os IDP registraram ingressos líquidos de US$ 10,7 bilhões em setembro de 2025, o maior valor para meses de setembro da série, ante US$ 3,9 bilhões em setembro de 2024. Os ingressos líquidos em participação no capital somaram US$ 8,8 bilhões, compreendendo US$ 4,2 bilhões em participação no capital exceto lucros reinvestidos e US$ 4,6 bilhões em lucros reinvestidos.
As operações intercompanhia somaram ingressos líquidos de US$ 1,9 bilhão. O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$ 75,8 bilhões (3,47% do PIB) no mês.
Os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram ingressos líquidos de US$ 4,4 bilhões em setembro deste ano, resultado de saídas líquidas de US$ 572 milhões em ações e fundos de investimento e ingressos líquidos de US$ 5,0 bilhões em títulos de dívida.
Nos 12 meses encerrados em setembro de 2025, os investimentos em carteira registraram ingressos líquidos de US$ 4,9 bilhões.
As reservas internacionais totalizaram US$ 356,6 bilhões no mês passado, um aumento de US$ 5,8 bilhões em relação a agosto. Esse aumento foi impulsionado pelo retorno líquido em operações de linhas com recompra, US$ 2,8 bilhões; receitas de juros, US$ 782 milhões; variações por paridade, US$ 1,7 bilhão; e variação por preço, US$ 288 milhões.
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