Brasil redefine sua postura com foco na execução, impulsionado por cultura de ação e método, como apontam estudos da Harvard Business Review
Transformações significativas no Brasil frequentemente surgem de hábitos persistentes, e não de grandes declarações. Atualmente, uma nova cultura está se consolidando, distante do excesso de discursos e da pouca efetividade que se observa. Essa cultura se baseia na ação e no método, compreendendo que a execução é a essência do planejamento, e não apenas uma etapa posterior.
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A literatura internacional já indicava essa abordagem. Estudos publicados na Harvard Business Review e no Academy of Management Journal demonstram que instituições que dominam a arte de implementar superam aquelas que apenas planejam. Andrews e Woolcock, ao analisar diversas experiências governamentais, concluíram que a verdadeira capacidade estatal reside na transformação de intenções em realidade.
O Brasil, de forma gradual, começa a refletir essas ideias. Durante décadas, o país acumulou investimentos significativos em projetos, totalizando mais de R$ 600 bilhões. Realizou 22 leilões rodoviários e planejou um adicional de R$ 400 bilhões para os próximos anos.
Projetos antes paralisados foram remodelados e obras que pareciam condenadas ao adiamento eterno ganharam forma.
O mercado financeiro reagiu prontamente, impulsionando a emissão de debêntures de infraestrutura, que ultrapassaram R$ 44 bilhões em 2025. Essa dinâmica demonstra a confiança gerada por sinais claros: segurança jurídica, regulamentação previsível, boa governança e, crucialmente, execução.
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O mapa logístico do país está se transformando com a criação de corredores como a Rota Sertaneja, a Rota do Agro e a Rota da Celulose, que conectam regiões produtivas com custos e prazos mais eficientes.
A sustentabilidade, que antes era frequentemente apenas um discurso, assume um papel central. A criação da primeira taxonomia sustentável de transportes da América Latina, a implementação de observatórios públicos de dados e a adoção de novas práticas de integridade indicam uma articulação mais coerente entre logística, clima e desenvolvimento econômico.
O Brasil está, finalmente, assumindo uma postura mais ativa na arena internacional.
O que se observa no Brasil é mais do que obras e números; é uma mudança de espírito administrativo. É uma lenta reconstrução de credibilidade, realizada com cautela e sem alarde, como as transformações duradouras que Machado tanto valorizava.
Governança eficaz não retarda projetos, mas evita que eles se percam. O planejamento não compete com a velocidade, mas a direciona. Os “doers” – indivíduos que trabalham de forma incomum – são pessoas comuns que contribuem para um futuro construído, e não decretado.
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