Instituto Talanoa Alerta para Distanciamento do Brasil em Combate ao Aquecimento Global

O Instituto Talanoa, organização dedicada ao monitoramento das ações governamentais para prevenir o aquecimento global, divulgou um relatório em 22 de outubro de 2025, apontando que o Brasil está se afastando dos objetivos estabelecidos sobre o tema. A organização acompanha 41 áreas de políticas públicas.

Avanços e Retrocessos em 2025

Em 2025, o instituto registrou avanços em 21 áreas, embora esses avanços tenham sido pouco significativos em 15 áreas. Três áreas não apresentaram progresso, enquanto duas registraram retrocesso. Em 2024, o instituto identificou avanços em 20 áreas, com avanços pouco significativos em 15 áreas, sem avanços em 5 áreas e um retrocesso em uma.

Retrocesso na Transição Energética

Uma das áreas em que houve retrocesso em 2025, segundo a avaliação do instituto, é a relacionada à transição do uso de combustíveis fósseis para fontes sustentáveis, devido à ausência de uma meta definida pelo governo para reduzir o consumo desses combustíveis.

Contexto Internacional

A meta de redução gradual do uso de combustíveis fósseis foi estabelecida na COP28, realizada em Dubai (Emirados Árabes Unidos). A próxima Conferência das Partes (COP30) está prevista para 10 a 21 de novembro em Belém (PA).

Matriz Energética Brasileira

A matriz energética brasileira apresenta um perfil mais limpo do que a média mundial. Em 2022, 52,7% da matriz era composta por fontes não renováveis, enquanto 47,4% eram fontes renováveis.

Leia também:

Governo busca US$ 100 bilhões na COP30 para TFFF

Lula aposta em Fundo de Floresta Tropicais aprovado pelo Banco Mundial

Sabino critica: “Seria grande covardia” deixar o Turismo, diz em Belém

Defesa do Instituto

O Instituto Talanoa defende que o país implemente ações mais eficientes para a redução das emissões de gases do efeito estufa, que causam o aquecimento global. “O Brasil está entre os 10 maiores emissores de gases de efeito estufa do planeta, tanto no retrato atual das emissões quanto quando contabilizadas emissões históricas”, afirmou o instituto.

O descumprimento da meta para 2025, que é de 1,32 Gt de CO₂ equivalente (redução de 720 milhões de toneladas de dióxido de carbono, com base no inventário oficial de emissões de 2022), só será apurado no balanço final de 2026.