O Brasil apresentou um superávit de US$ 6,9 bilhões no comércio com os demais países do Mercosul durante o período de janeiro a novembro de 2025. Este resultado positivo foi impulsionado por US$ 23,8 bilhões em exportações e US$ 16,9 bilhões em importações, conforme dados divulgados pelo Palácio do Planalto.

O desempenho notável consolidou o Brasil como a principal economia do bloco.

Crescimento das Exportações e Retração das Importações

As exportações brasileiras ao Mercosul registraram um crescimento de 30% em comparação com o mesmo período de 2024. Paralelamente, as importações apresentaram uma retração de 4,3%. Essa dinâmica contribuiu significativamente para o saldo positivo.

Comércio Intrazona e Posicionamento do Brasil

O intercâmbio comercial entre o Brasil e o bloco Mercosul atingiu US$ 40,7 bilhões em 2024, representando 42% do comércio intrazona. Essa fatia de mercado reforça a posição do Brasil como o principal ator econômico do grupo.

Evolução do Comércio Intrazona desde 1991

Desde a criação do Mercosul em 1991, as trocas internas do bloco cresceram exponencialmente. O volume de comércio saltou de US$ 4,5 bilhões para US$ 49 bilhões em 2024, demonstrando a integração econômica do bloco.

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Principais Produtos Exportados e Importados

Os principais produtos exportados pelo Brasil ao Mercosul incluem veículos de passageiros e de carga, produtos da indústria de transformação e minério de ferro. Já as importações se concentram em veículos automotores, trigo e centeio não moídos, além de energia elétrica.

Transição da Presidência do Mercosul

O desempenho comercial marca o fim da Presidência Pro Tempore Brasileira do Mercosul, exercida no segundo semestre de 2025. Durante o período, o governo destacou avanços na agenda econômica e na articulação do bloco no comércio regional. O comando será transferido para o Paraguai, que assumirá a liderança no próximo semestre.

Inserção Internacional do Mercosul

Apesar do peso do comércio intrabloco, o Mercosul mantém uma forte inserção internacional. A China continua sendo a principal parceira comercial do grupo, seguida pela União Europeia e pelos Estados Unidos, o que reforça o papel do Brasil como elo entre o mercado regional e as grandes economias globais.