Ministério da Agricultura habilita exportação de DDG e sorgo para China. Nova medida impulsiona comércio e valoriza resíduos industriais.
O Ministério da Agricultura anunciou, em meados de 2025, a liberação de cinco usinas para a exportação de destilaria de grãos secos (DDG) e dez plantas para a exportação de sorgo destinados à China. Essa medida representa um avanço significativo no comércio de grãos entre os dois países e é resultado de negociações complexas envolvendo o Mapa, a Adidância Agrícola e a Embaixada do Brasil em Pequim, em colaboração com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o setor privado.
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A China, que responde por mais de 80% das importações globais de sorgo, com compras que ultrapassaram US$ 2,6 bilhões no último ano, é o principal destino para esses produtos.
As unidades habilitadas para exportação à China estão localizadas em diversas regiões do Brasil, incluindo Mato Grosso (4), Minas Gerais (4), Rondônia (1) e Bahia (1) para o DDG, e Mato Grosso (4) e Mato Grosso do Sul (1) para o sorgo. O DDG, coproduto do processamento de milho utilizado na formulação de ração animal, representou aproximadamente 791 mil toneladas exportadas em 2024, com a China importando mais de US$ 66 milhões desse insumo no mesmo ano.
Essa nova dinâmica comercial visa aumentar a previsibilidade comercial e impulsionar o crescimento do volume exportado nas próximas safras.
Uma das principais inovações é o modelo de certificado fitossanitário, que será avaliado pelo Mapa, em conformidade com as exigências chinesas. Esse modelo, que dispensa a avaliação final das autoridades chinesas, permite que as empresas registradas no sistema de inspeção sanitária brasileiro possam exportar o grão para a China.
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Essa agilidade no processo de habilitação contribui para a redução de barreiras comerciais e facilita o acesso dos produtores brasileiros ao mercado chinês.
A China consome cerca de 7 milhões de toneladas de sorgo por ano, sendo metade proveniente dos EUA — o maior produtor mundial, com 10 milhões de toneladas anuais. O Brasil, com 5,5 milhões de toneladas, ocupa a segunda posição no ranking global.
Diante da guerra comercial entre China e Estados Unidos, o Brasil está se posicionando como um importante produtor de sorgo. A exportação desses produtos também reforça a agenda de sustentabilidade brasileira, ao estimular a economia circular por meio da valorização de resíduos industriais convertidos em insumos com demanda internacional.
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