Brasil Investe US$ 5,1 Milhões Anualmente em Mortes por Calor, Revela Estudo
Um estudo publicado na revista científica The Lancet em 29 de outubro de 2025 aponta que o Brasil gasta US$ 5,1 milhões (R$ 27 milhões) por ano com mortes relacionadas ao calor. O relatório, abrangendo o período de 2015 a 2024, demonstra um aumento alarmante de 249% nos custos em uma década.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O documento, intitulado Lancet Countdown Latin America 2025, oferece uma análise detalhada dos impactos das mudanças climáticas na saúde da população brasileira e latino-americana. (PDF em inglês – 6 MB)
Crescimento Alarmante nos Custos e Tendência Regional
A América Latina segue uma tendência similar, registrando um custo médio anual de US$ 855 milhões (mais de R$ 4,5 bilhões) por mortes decorrentes do calor – um aumento de 229% em relação à década passada. A pesquisadora peruana Stella Hartinger, líder do estudo, enfatizou que “os impactos sobre a saúde estão piorando e não haverá mudança se não adotarmos medidas efetivas”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O estudo estima cerca de 13.000 mortes anuais na América Latina devido ao calor.
Fatores Contribuintes e Impactos
O relatório indica que a temperatura média em 2024 no Brasil foi de 27ºC, 1,2ºC acima da média registrada entre 2001 e 2010, elevando a vulnerabilidade de idosos e lactentes. A pesquisa também aponta para a poluição como um fator crucial, com 30.000 mortes atribuídas à poluição no Brasil em 2022, sendo 79% causadas por combustíveis fósseis.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
LEIA TAMBÉM!
A poluição aumentou 108% desde a década de 1950. Apenas 3 das 32 cidades avaliadas possuem um nível adequado de vegetação.
Contexto e Análise Global
O estudo, fruto de uma pesquisa realizada por 47 pesquisadores de 25 instituições, analisou 41 indicadores sobre clima e saúde em países latino-americanos. A pesquisa faz parte do Lancet Countdown on Health and Climate Change 2025, um panorama global sobre os efeitos do clima na saúde.
A The Lancet, fundada no Reino Unido no século 19, é considerada uma das publicações científicas mais respeitadas do mundo. O estudo não detalhou medidas governamentais futuras nem os critérios exatos usados para o cálculo dos custos.