Brasil e países boicotam discurso de Netanyahu na ONU por ordem de prisão

Delegação israelense protesta contra premiê e EUA aclamam líder em sessão do plenário

26/09/2025 11:10

2 min de leitura

AME2757. NUEVA YORK (ESTADOS UNIDOS), 26/09/2025.- Asistentes a la Asamblea General de la Organización de las Naciones Unidas (ONU) se levantan de sus asientos este viernes, en Nueva York (Estados Unidos). Decenas de delegados de distintos países se pusieron de pie en el momento en que el primer ministro israelí Benjamín Netanyahu se dirigía a la Asamblea General de la ONU y se ausentaron a modo de protesta. EFE/ Angel Colmenares
AME2757. NUEVA YORK (ESTADOS UNIDOS), 26/09/2025.- Asistentes a ...

Delegações Abandonham ONU em Protesto Contra Netanyahu

Em Nova York, diversas delegações de países, incluindo o Brasil, deixaram o plenário da Assembleia Geral da ONU nesta sexta-feira (26), no momento em que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se preparava para discursar. A ação foi um gesto de protesto contra o líder israelense, que enfrenta uma ordem de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) por acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

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Ao ser anunciado, Netanyahu foi recebido com vaias e algumas delegações abandonaram o salão. Diplomatas demonstraram apoio aos cidadãos de Gaza e refugiados, exibindo lenços palestinos. Apesar do esvaziamento, a delegação dos Estados Unidos permaneceu presente e aplaudiu o primeiro-ministro de pé.

Resposta ao Descumprimento das Decisões Internacionais

Segundo um diplomata brasileiro, a saída do plenário foi uma resposta ao descumprimento por Israel das decisões do TPI e da Corte Internacional de Justiça. O governo Lula havia sinalizado que Netanyahu seria tratado como “persona non grata” e não legitimaria sua participação no evento.

Discurso de Netanyahu e a Situação dos Reféns

No discurso, Netanyahu não mencionou o protesto. Ele concentrou sua fala em acusações ao Hamas e na situação dos reféns israelenses ainda mantidos em Gaza desde o ataque do grupo em outubro de 2023. A situação humanitária no enclave continua a ser uma preocupação central.

Reconhecimento da Palestina e a Ausência de Abbas

O evento ocorreu em uma semana marcada pelo reconhecimento do Estado da Palestina por vários países, incluindo França, Canadá, Reino Unido, Austrália e Portugal. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, agradeceu formalmente aos novos apoiadores em pronunciamento por videoconferência, já que não obteve visto para viajar aos Estados Unidos.

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Impacto do Conflito em Gaza

O conflito em Gaza já deixou mais de 65 mil mortos, segundo a ONU. Cerca de 400 pessoas teriam morrido de fome devido ao bloqueio de ajuda humanitária ao enclave. Estima-se ainda que 50 reféns israelenses permaneçam em cativeiro, embora a inteligência de Israel acredite que apenas 20 possam estar vivos.

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