Brasil e EUA se encontram para discutir minerais críticos
Ministro de Minas e Energia declarou que, “com relações restabelecidas”, países se mostram receptivos ao diálogo e à cooperação.

Ministro de Minas e Energia Discute Minerais Críticos com EUA
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), declarou que foi convidado para uma reunião com o secretário de Energia dos Estados Unidos, Chris Wright, com o objetivo de discutir minerais críticos. A declaração foi feita durante sua participação na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.
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O Brasil se destaca como um dos países com maior potencial global na produção de terras raras, um grupo de 17 elementos químicos cruciais para tecnologias avançadas, incluindo turbinas eólicas, veículos elétricos, smartphones e equipamentos militares. Estima-se que o país detenha aproximadamente 23% das reservas mundiais desses minerais, embora a produção nacional ainda esteja em fase inicial, conforme aponta o Serviço Geológico do Brasil.
O Serviço Geológico identificou depósitos promissores em estados como Minas Gerais, Goiás, Amazonas e Roraima, com destaque para as regiões de Poços de Caldas (MG) e Minaçu (GO), onde estudos apontam para bilhões de toneladas de recursos. A exploração desses depósitos representa um potencial significativo para o país.
Apesar do grande potencial, o Ministério de Minas e Energia ressalta que a falta de um marco regulatório específico, a escassez de investimentos em tecnologia de separação e refino, juntamente com os altos custos ambientais e técnicos, dificultam a exploração em larga escala.
A extração de terras raras envolve processos complexos e ambientalmente sensíveis, o que exige políticas públicas claras, fiscalização rigorosa e incentivos à inovação. A gestão sustentável desses recursos é fundamental.
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Essa situação tem atraído a atenção de grandes potências, em especial dos Estados Unidos, que buscam diversificar seus fornecedores e reduzir vulnerabilidades estratégicas. A dependência da China, que atualmente detém mais de 80% do refino global desses minerais, impulsiona essa busca por alternativas.
Nesse contexto, o subsolo brasileiro emerge como uma opção viável, intensificando os contatos diplomáticos, as parcerias comerciais e o interesse de empresas estrangeiras em projetos de mineração nacionais. O governo federal busca fortalecer a posição do Brasil no mercado global.
Silveira afirmou que as conversas seguirão o discurso do governo federal em defesa da soberania nacional nas negociações com outros países interessados nas riquezas do Brasil. “O dono do subsolo brasileiro e o povo brasileiro, então as conversas serão guiadas pela altivez da soberania nacional […] Em especial nesse momento, em que os minerais críticos são debatidos no mundo inteiro”, declarou.
Silveira não divulgou a data do encontro.