Confiança no consumo de notícias no Brasil é baixa: pesquisa da Pyxys aponta que apenas 17% confiam em redes sociais. Saiba mais!
Apesar do alto consumo de notícias no Brasil, com nove em cada dez brasileiros se informando diariamente, a confiança no conteúdo consumido nas redes sociais é baixa. Uma pesquisa da mediatech Pyxys, em parceria com a Opinion Box, com mil entrevistas em todo o país, revelou que apenas 17% dos entrevistados confiam no conteúdo dessas plataformas.
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O estudo, exclusivo para a EXAME, demonstra uma clara contradição entre o alcance das redes sociais e a credibilidade que elas ainda não possuem.
O levantamento aponta que, embora as redes sociais sejam a principal fonte de informação para a maioria dos brasileiros, a confiança nesses ambientes é significativamente menor quando comparada aos veículos de comunicação tradicionais. Essa discrepância sugere que a qualidade e a credibilidade do conteúdo são fatores cruciais na decisão do consumidor de se manter informado.
A pesquisa também investigou a influência da credibilidade editorial nas decisões de consumo. Destacaram-se os dados de que 85,6% dos entrevistados relataram que conteúdos jornalísticos já influenciaram suas escolhas de compra. Além disso, 74% dos entrevistados consideram a confiança no veículo como um fator relevante antes de clicar em um anúncio, e 64% afirmam interagir mais com publicidade quando há coerência entre o conteúdo editorial e a mensagem comercial.
A pesquisa identificou diferenças geracionais no consumo de notícias. Entre jovens de 16 a 24 anos, 32,58% afirmaram já ter sido influenciados por conteúdos jornalísticos na decisão de compra. Em contraste, entre pessoas com mais de 50 anos, esse percentual caiu para 16,67%.
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Essa diferença pode refletir diferentes hábitos de consumo de informação e níveis de confiança em diferentes fontes.
Em relação ao formato, a pesquisa indicou uma preferência por conteúdos mais curtos, com quatro em cada dez entrevistados relatando não ler matérias até o fim. Mais de 40% preferem textos resumidos. O consumo audiovisual também está em ascensão, com quase 60% dos brasileiros preferindo vídeos ou podcasts, e quatro em cada dez afirmando não se informar mais pela televisão.
O Instagram se destaca como a principal fonte de informação, utilizado por mais de 83% dos entrevistados, seguido pelo YouTube (71%) e TikTok (quase 50% da população).
Segundo Andrés Bruzzone, CEO da Pyxys, os dados reforçam a necessidade de adaptação das estratégias editoriais. “O conteúdo precisa ser bem produzido, contextualizado e distribuído nos canais certos. É isso que permite informar, engajar e sustentar modelos de negócio baseados em credibilidade”, afirma.
A EXAME busca, através de seu videocast, discutir os principais movimentos do marketing, da publicidade e da creator economy, com foco em estratégias, negócios, comunicação e consumo.
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