Alice Amorim destaca que COP30 busca transição justa, com foco nas pessoas e em resultados concretos. Brasil almeja mudança de paradigma na crise climática.
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) se apresenta como um momento crucial para abordar a complexa intersecção entre tecnologia, políticas e seus impactos econômicos e sociais. Segundo Alice Amorim, diretora de Programas da Presidência da COP30, a cúpula busca um resultado concreto sobre a transição justa, que vá além de metas de redução de carbono e coloque as pessoas no centro das decisões da crise climática.
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A declaração resume a principal esperativa do Brasil, que almeja uma mudança de paradigma na forma como o mundo lida com o clima.
Para Alice Amorim, 2025 marca o ano em que o desenvolvimento só é possível se incorporar a questão climática. A COP30 é vista como uma “virada de chave”, refletindo a urgência de enfrentar uma crise climática que se entrelaça com uma crise de desigualdade.
A diretora enfatiza que os processos decisórios precisam acompanhar a velocidade da mudança, pois o tema deixou de ser uma preocupação futura para se tornar uma questão presente.
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O Brasil está liderando iniciativas como a criação da “Bússola para Transições Justas”, um guia co-criado por mais de 200 atores, incluindo o Instituto LACLIMA, Climate Strategies e GIZ, com apoio da Presidência da COP30. O documento visa detalhar os caminhos metodológicos e participativos para alcançar a meta de US$ 1,3 trilhão por ano em financiamento climático até 2035 para países em desenvolvimento.
Paralelamente, o Roadmap Baku-Belém, lançado antes, estabelece a meta ambiciosa de mobilizar esse financiamento.
A diretora destaca a importância de conectar negociação com ação, buscando replicar soluções já existentes em países do Sul Global, onde as abordagens são mais adequadas e eficazes. O objetivo é escalar o movimento em direção a uma transição de baixo carbono, reconhecendo que a resposta à crise climática deve ser construída a partir de perspectivas locais e nacionais, além de internacionais.
A transição justa, que nasceu no Acordo de Paris como uma demanda do movimento sindical, evoluiu para abranger desde trabalhadores informais até comunidades vulneráveis. A COP30 busca garantir que a transição energética não deixe milhões de pessoas desempregadas, mas sim crie novas oportunidades de trabalho e renda.
O Brasil, com sua diversidade de realidades, busca ser um exemplo de como enfrentar a crise climática de forma justa e inclusiva, reconhecendo que o sucesso da COP30 dependerá da capacidade de encontrar o equilíbrio entre diretrizes globais e a realidade local.
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