Brasil busca biocombustíveis para navegação na COP30

Brasil pode liderar descarbonização do transporte marítimo após impasse na Organização Marítima Internacional.

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(Imagem de reprodução da internet).

Brasil Busca Liderança na Descarbonização do Transporte Marítimo

Apesar dos desafios geopolíticos, especialistas apontam que o Brasil tem potencial para liderar a adoção de biocombustíveis como solução para descarbonizar o transporte marítimo. Essa mensagem será centralizada durante a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30).

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O debate ganhou força após a falta de consenso entre os países membros da Organização Marítima Internacional (IMO) sobre o Marco Net-Zero de emissões de gases de efeito estufa (GEE). A demora na definição das metas marítimas, adiada em 17 de outubro, foi impulsionada pela forte oposição dos Estados Unidos, que classificaram a proposta como um “imposto global sobre o carbono”.

Biocombustíveis como Alternativa

A representação brasileira na IMO defende que os biocombustíveis, como o biodiesel e o etanol, classificados como “drop-in”, podem substituir o combustível fóssil utilizado nos navios. Essa viabilidade tem sido discutida em fóruns como o G20 e o BRICS.

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A mensagem está sendo promovida para a COP30.

Resistência Europeia e Oportunidades para o Brasil

Apesar do potencial, os biocombustíveis nacionais enfrentam resistência da Europa, que prioriza amônia verde, hidrogênio e metanol. “A IMO sofre influências geopolíticas claras, com a Europa moldando regulações e apresentando um grande entrave inicial”, diz Camilo Adas, diretor de Transição Energética e Relações Institucionais da Be8.

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Potencial do Brasil e Desafios

Consultorias como a Boston Consulting Group (BCG) apontam que o Brasil pode suprir até 15% da demanda global de biocombustíveis para navegação, evitando 170 milhões de toneladas de CO2 e atraindo US$ 90 bilhões em investimentos. Para que esse potencial se concretize, é fundamental o arcabouço regulatório da IMO, bem como mecanismos de incentivo claros até 2027 e a adaptação de motores a metanol compatíveis com etanol.

Conclusão

O Brasil busca posicionar-se como um pilar na descarbonização do transporte marítimo, aproveitando o potencial dos biocombustíveis. A COP30 representa uma oportunidade crucial para promover essa mensagem e atrair investimentos, superando os desafios regulatórios e de infraestrutura.

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