Em 2025, o Brasil alcançou um marco significativo no turismo internacional, registrando um número recorde de visitantes chineses. Dados consolidados até novembro do ano apontam para a entrada de 94.400 turistas chineses, um aumento expressivo de 23,4% em relação ao ano de 2024 e um crescimento ainda mais notável de 67,5% em comparação com 2018, o ano de início da série histórica.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Essas informações são provenientes da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).
Recuperação e Tendências
O interesse chinês no Brasil apresentava uma trajetória de crescimento constante desde 2018. No entanto, o setor turístico sofreu uma queda acentuada entre 2020 e 2022, devido aos impactos da pandemia de COVID-19, que afetou o turismo global. A retomada do interesse é um indicativo da recuperação do setor.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Esforços Governamentais e Estratégias
O governo brasileiro tem buscado fortalecer os laços com a China no campo do turismo. Em 15 de dezembro de 2025, a secretária-executiva da Embratur, Ana Clara Lopes, se reuniu com a vice-presidente da Associação Chinesa de Serviços de Viagem (CTSA), Sui Guizhen, em Pequim, para discutir estratégias e impulsionar o fluxo de visitantes.
A CTSA representa aproximadamente 80% das agências de viagens da China.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
LEIA TAMBÉM!
Medidas em Andamento
A Embratur planeja realizar um chamamento público em 2026 para credenciar agências de viagens chinesas a operar no Brasil. Além disso, o ministério está finalizando a implementação de um visto eletrônico para visitantes chineses, visando agilizar a liberação dos documentos.
O Brasil exige visto para turistas da China, enquanto o país asiático concede o benefício desde maio deste ano.
Parcerias e Rotas Aéreas
Representantes do ministério se reuniram com executivos de três companhias aéreas chinesas: AirChina, China Southern Airlines e Hainan Airlines, buscando expandir as rotas aéreas. Atualmente, a AirChina é a única companhia a operar voos regulares entre Brasil e China, com uma rota de 25 horas de duração, que parte de São Paulo com uma parada para abastecimento em Madri, na Espanha, e chega a Pequim.
A empresa realiza 13 voos mensais.
O vice-gerente do Departamento Comercial da AirChina, Lui Peng, expressou o interesse da companhia em expandir seus serviços no Brasil, destacando a percepção de uma demanda exponencial de viajantes entre os dois países. A expectativa para 2025 é de 200 mil passageiros por viagens (ida e volta).
A Hainan Airlines firmou, em junho deste ano, um acordo de codeshare com a Air Europa para voos integrados, operando de Madri (Peru), Cidade do Panamá (Panamá) e São Paulo (Brasil).