As Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) representam a base para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Os países estabelecem ações e monitoram sua implementação. Um fundo de apoio visa países em desenvolvimento.

Desde a definição inicial das NDCs, essas metas são atualizadas a cada cinco anos, buscando um aumento progressivo de ambição.

Revisão das NDCs 3.0

A rodada atual de contribuições, conhecida como NDCs 3.0, visa ampliar o uso de energias renováveis, reduzir a dependência de combustíveis fósseis e promover o reflorestamento, com o objetivo de eliminar o desmatamento. No entanto, a expectativa inicial de ambição maior gerou desapontamento, conforme destaca Isabela Morbach, diretora da CCS Brasil.

Análise das Metas 2024-2025

Um relatório da ONU, divulgado em outubro, analisou 64 novas NDCs apresentadas entre 2024 e 2025. Essas contribuições representam aproximadamente um terço das emissões globais, projetando uma redução de 17% nas emissões até 2035, em comparação com os níveis de 2019.

Desafios e Necessidades de Financiamento

A ONU alerta que o esforço atual ainda é insuficiente para garantir o cumprimento das metas. Um dos principais desafios é o financiamento climático, estimado em US$1,3 trilhão para viabilizar as ações, especialmente em países em desenvolvimento.

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A prioridade deve ser a diminuição radical do uso de combustíveis fósseis, abrangendo diversos setores, como energia e indústria, juntamente com o uso sustentável da terra e medidas de revegetação.

Importância da COP30

A Conferência das Partes (COP30), que ocorrerá em Belém até 21 de novembro, é crucial para o futuro climático do planeta. O evento busca definir o papel do Brasil como articulador das novas ambições globais. O país possui uma forte tradição em diplomacia climática e abriga a maior floresta tropical do mundo, além de ser a maior economia com a maior proporção de energia renovável em sua matriz elétrica.