Brasil aparece na 5ª posição em desigualdade de renda, aponta estudo

Brasil ocupa 5ª posição em desigualdade de renda, aponta estudo do World Inequality Lab liderado por Thomas Piketty. Desigualdade de renda alarmante no país.

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(Imagem de reprodução da internet).

O Brasil ocupa a quinta posição em um ranking de 216 países e territórios, avaliado pela desigualdade de renda. Dados divulgados na terça-feira, 9 de dezembro de 2025, pelo World Inequality Lab, grupo de pesquisa liderado pelo economista francês Thomas Piketty, revelam um cenário preocupante.

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O estudo aponta que os 10% mais ricos da população brasileira concentram 59,1% da renda nacional, enquanto os 50% mais pobres se dividem com apenas 9,3% desse total.

Metodologia e Dados Utilizados

A análise foi baseada em fontes oficiais, incluindo registros fiscais, pesquisas domiciliares e sistemas de contas nacionais. A metodologia considerou tanto os rendimentos do trabalho quanto os pagamentos de sistemas de seguridade social. O estudo também analisou a desigualdade de riqueza, que envolve o acúmulo de ativos como investimentos financeiros, imóveis e outros bens.

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Desigualdade Global e Impacto Ambiental

Em escala global, a concentração de riqueza é ainda mais marcante. Apenas 56.000 pessoas – representando 0,001% da população mundial – detêm um patrimônio três vezes maior do que a metade mais pobre do planeta, que corresponde a 2,8 bilhões de adultos.

Em quase todas as regiões do mundo, o 1% mais rico concentra mais riqueza do que os 90% mais pobres juntos. O relatório também destaca a relação entre desigualdade e questões ambientais, mostrando que a população mais pobre é responsável por apenas 3% das emissões de carbono associadas à propriedade de capital privado, enquanto os 10% mais ricos respondem por 77% dessas emissões, com o 1% mais rico gerando 41% das emissões.

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Recomendações e Instrumentos de Ação

Os autores do relatório sugerem que a implementação de uma tributação mais progressiva e programas de distribuição de renda são ferramentas eficazes para mitigar a concentração de riqueza. O documento aponta que, atualmente, os indivíduos com maior patrimônio contribuem com uma parcela menor de impostos em comparação com aqueles com menor renda ou patrimônio.

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