Pesquisa revela que 24% das residências brasileiras não têm acesso à internet. 28 milhões de brasileiros sem conexão, com foco na população de baixa renda
Uma pesquisa recente, conduzida pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR e pelo Comitê Gestor da Internet, revela um cenário preocupante sobre o acesso à internet no Brasil. De acordo com os dados, 24% das residências do país ainda não possuem conexão à internet.
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Isso representa uma população de 28 milhões de brasileiros que não podem utilizar o serviço em suas próprias casas.
A análise demonstra que mais da metade do grupo sem acesso (14 milhões de pessoas) se encontram entre a população de baixa renda. O Brasil, com uma população de 163 milhões de habitantes, possui 86% de conectividade em domicílio, utilizando redes fixas ou móveis.
A 21ª edição da Pesquisa Sobre o Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos Domicílios Brasileiros (TIC Domicílios 2025), coordenada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, apresenta esses resultados.
O estudo foi baseado em dados coletados pessoalmente em 27.177 domicílios em todo o país, entre março e agosto de 2025. Foram entrevistadas 24.535 pessoas com mais de 10 anos de idade. A pesquisa buscou identificar as disparidades no acesso à internet, considerando fatores socioeconômicos e regionais.
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A pesquisa destaca que a conectividade é fortemente influenciada pela classe social. Enquanto quase todos os indivíduos com maior renda possuem acesso à internet em casa, a taxa de acesso entre a população de baixa renda é de apenas 73%. A qualidade da conexão também varia de acordo com a classe social.
A distribuição do acesso à internet por região e grupo socioeconômico revela desigualdades significativas. Negros e pardos representam 17 milhões de pessoas sem conexão domiciliar, enquanto 8 milhões de brancos também se encontram nessa situação.
A região Sudeste concentra a maior parte desse grupo, com 12 milhões de cidadãos sem acesso à internet.
A pesquisa também aponta para diferenças no uso de dispositivos. Apenas 10% das pessoas mais pobres possuem computadores em casa, enquanto 97% das pessoas mais ricas possuem o equipamento. O uso exclusivo de celulares para acesso à internet é predominante entre a população mais pobre (84%), especialmente entre aqueles com ensino fundamental e idosos (81%).
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