Brasil: 1 em 3 trabalhadores insatisfeito com benefícios no trabalho

Estudo aponta: faixa etária e classe social moldam percepção e desejo por benefícios flexíveis.

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(Imagem de reprodução da internet).

Um número significativo de trabalhadores brasileiros, cerca de 1 em cada 4, não possui acesso a nenhum benefício corporativo. Adicionalmente, 1 em cada 3 trabalhadores demonstra insatisfação com a situação atual, e mais de 60% consideram esses benefícios um fator crucial nas decisões de carreira. Essa realidade se destaca em um país com a maior taxa de rotatividade do mundo.

Prioridades em Benefícios Corporativos

Uma pesquisa conduzida pela fintech Ecx Pay em parceria com a Opinion Box revelou as preferências dos trabalhadores brasileiros em relação a benefícios. As principais demandas identificadas são:

Diferenças por Faixa Etária

A percepção e o interesse em benefícios variam de acordo com a idade. Jovens de até 24 anos demonstram maior valorização da flexibilidade e autonomia, com 35,96% considerando o cartão multibenefícios como o item mais importante. Em contraste, apenas 9,9% dos profissionais entre 40 e 49 anos compartilham dessa mesma percepção.

Entre os profissionais mais experientes, a saúde e o bem-estar também se tornam prioridades, com 32,65% apontando essa categoria como a mais importante, em comparação com 20,2% dos mais jovens. A importância dos benefícios tende a aumentar com a idade, conforme observado por João Innecco, cofundador da Ecx Pay.

Antecipação Salarial: Uma Necessidade Crescente

A antecipação salarial se destaca como um benefício desejado por uma parcela significativa da força de trabalho. 22,9% dos entrevistados já utilizaram essa modalidade, enquanto 25,8% expressaram o desejo de tê-la disponível, mesmo sem experiência prévia. Isso representa 48,7% da força de trabalho que valoriza ou necessita desse recurso.

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Do ponto de vista socioeconômico, a classe C/D/E lidera o uso (29,4%) e o desejo de acesso (27,76%) a essa modalidade, quase o dobro do índice de interesse registrado nas classes A/B (14,08%). Pedro Wanderley, CRO da Ecx Pay, ressalta a necessidade de democratização de soluções modernas, especialmente para as camadas mais vulneráveis do mercado formal.

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