Bradesco Retoma Símbolo com Nova Central

O Bradesco anunciou o retorno a um de seus endereços mais emblemáticos: o edifício Nova Central, situado na avenida Ipiranga, próximo ao Copan. Essa decisão ocorre em um momento estratégico, com o banco impulsionando o retorno presencial de seus funcionários.

A medida se baseia em uma recente decisão de encerrar o modelo de trabalho remoto para cerca de 900 funcionários, com início previsto para janeiro de 2026.

Retorno Presencial e Implantação

O gerente-executivo do Bradesco, Oswaldo Tadeu Fernandes, explica que a retomada do modelo presencial se justifica por razões históricas e pela importância do edifício. Atualmente, o banco ocupa 42 edifícios administrativos, totalizando 450 mil metros quadrados, com 12 deles localizados em São Paulo.

O Nova Central, projetado em 1964 e abrangendo 33 mil metros quadrados, receberá um investimento de R$ 200 milhões.

O projeto prevê a reforma de 18 mil metros quadrados, nos andares cinco ao vigésimo, para abrigar cerca de 2,2 mil funcionários. A área restante, de 15 mil metros quadrados, será destinada à locação de lojas e restaurantes, visando evitar sobrecarregar a região com um influxo repentino de trabalhadores.

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História e Importância do Nova Central

Originalmente concebido como um hospital – um projeto que nunca se concretizou –, o Nova Central foi adquirido pelo Bradesco na década de 1960. Durante as décadas de 1980 e 1990, a agência localizada ali foi a maior do banco, movimentando um volume equivalente ao do oitavo maior banco do Brasil, com mais de mil funcionários.

Gerentes transferidos para essa agência eram vistos como tendo uma alta probabilidade de ascender a cargos de diretoria, inclusive Márcio Cypriano.

Atualmente, a sede do Bradesco na Cidade de Deus, em Osasco, abriga quase 10 mil funcionários, e Fernandes afirma que não há mais espaço para crescimento ali. O banco ocupa diversos prédios espalhados pela capital paulista, incluindo o que abriga o BBI na Avenida Faria Lima e o que abriga o “Nossa ideia é aproveitar todo o nosso parque imobiliário.

Já revitalizamos os prédios da Paulista, onde está o Bradesco Saúde. Até revitalizar também o Nova Central vai mais um tempo”, explica o diretor-executivo do banco.

Reavivamento do Centro

O governo de São Paulo autorizou, em junho de 2025, a licitação para a construção de um novo complexo administrativo, com foco na revitalização da região. O projeto inclui a construção de um novo complexo administrativo que reunirá o gabinete do governador e as 28 secretarias em 12 prédios, com capacidade para cerca de 22 mil servidores.

Essa iniciativa representa uma tentativa de revitalizar o centro da cidade, buscando aproximar a gestão do poder público da população, que antes estava mais isolada no Morumbi, na zona sul da cidade.

A nova sede do governo deve representar mais 250 mil metros quadrados de área corporativa. A região não recebe um novo estoque corporativo desde 2018, e atualmente todos os empreendimentos do local representam 138 mil metros quadrados de estoque, segundo levantamento da consultoria Binswanger.

A expectativa é que os funcionários do banco comecem a trabalhar do centro a partir do começo de 2027.

B3 e o Compromisso com o Centro

A bolsa brasileira, representada pela B3, também demonstra compromisso com o centro de São Paulo. Com 130 anos de história, a B3 mantém uma relação profunda com a região, estabelecendo sua sede principal na Rua 15 de Novembro desde 1992. A empresa acredita que o centro é um local de conexão entre pessoas, negócios, cultura e futuro.

A B3 ocupa três prédios no centro de São Paulo: o edifício da Rua 15 de Novembro, onde está localizado o pregão e o Museu B3; o prédio da Praça, que abriga o centro de operações e a Arena B3, e a Casa da Moeda. Esses três prédios são o coração da bolsa brasileira, onde 90% de seus funcionários trabalham.