Peritos da Polícia Federal concluíram que o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou romper a tornozeleira eletrônica utilizando um ferro de solda. A perícia, conforme apurado pela Jovem Pan, identificou um “aquecimento direcionado para abertura”. A análise incluiu fotos, exame microscópico, comparação com uma tornozeleira íntegra e exames de microfluorescência de Raios X.
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Evidências da Perícia
Os peritos encontraram resíduos de ferro na área queimada e determinaram que as marcas na tornozeleira são compatíveis com a aplicação de um ferro de solda. A análise detalhada das evidências foi crucial para a conclusão da perícia.
Relato e Circunstâncias da Tentativa
O ex-presidente Bolsonaro relatou ter passado por um “surto”, afirmando não ter intenção de fugir. Segundo a ata da audiência, ele alegou ter tido uma “alucinação” sobre uma possível escuta dentro do equipamento eletrônico.
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Isolamento e Ausência de Testemunhas
Bolsonaro declarou que não recebeu ajuda e que ninguém presente na residência testemunhou a tentativa de violação da tornozeleira. Ele mencionou possuir o ferro de solda, afirmando que o adquiriu anteriormente.
Medicamentos e Dificuldades de Sono
O ex-presidente relatou ter iniciado o uso de sertralina, um antidepressivo, cerca de quatro dias antes da prisão, e que o medicamento interagiu de forma inadequada com a pregabalina, um anticonvulsivo. Ele também mencionou dificuldades para dormir.
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Decisões Judiciais e Próximos Passos
A tentativa de retirada da tornozeleira foi utilizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como um dos motivos para determinar a prisão do ex-presidente. Após a chegada à Superintendência da PF, a segunda tornozeleira foi removida.
Condenação e Possibilidade de Recursos
A Primeira Turma do STF manteve a prisão de Bolsonaro nesta segunda-feira. A condenação do ex-presidente e de sete aliados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado foi definida com penas de mais de 20 anos de prisão em regime fechado.
Requerimento da Defesa e Possibilidade de Regime Semiaberto
A defesa do ex-presidente solicitou que ele cumpra a pena de 27 anos e três meses em casa, alegando que sua condição de saúde já está profundamente debilitada. A defesa pretende recorrer utilizando embargos infringentes ao STF. A efetivação da prisão ainda está condicionada à rejeição dos recursos.
