Deputado reage à obstrução da convocação do irmão de Lula, Frei Chico, pela base governista.
O deputado federal Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara dos Deputados, decidiu integrar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão ocorre após uma série de vitórias do governo Lula, buscando fortalecer a posição da bancada do partido nas próximas semanas, conforme declarado ao Estadão.
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O ingresso de Sóstenes na CPI, como suplente, é reforçado pela presença de outros partidos da base governista, incluindo União Brasil, PP, MDB, PSD, Republicanos, Podemos e a federação PSDB-Cidadania. O objetivo principal é garantir a retomada da capacidade de influenciar votações e a aprovação de requerimentos.
O governo Lula, com o apoio da base governista, conseguiu reverter o cenário que deu a presidência e a relatoria da comissão para a oposição e garantir a maioria em todas as últimas votações mais controversas. Essa articulação foi crucial para evitar a convocação de figuras importantes para a investigação, como Frei Chico (irmão de Lula), e impedir a prisão do presidente do Sindnapi, Milton Baptista de Souza Filho.
A oposição bolsonarista critica a estratégia governista, considerando-a uma “blindagem” a figuras que poderiam contribuir com as investigações. A bancada do PL acredita que o “fisiologismo” do grupo governista é a razão para as sucessivas vitórias do Centrão.
Em uma visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília, Sóstenes afirmou que Bolsonaro busca maior articulação entre presidentes de partidos de direita, com foco nas eleições de 2026. Bolsonaro pretende que os presidentes de partidos se reúnam com mais frequência para aumentar as chances de resultados positivos e enfrentar o atual governo, visando a eleição de 2026.
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Durante a conversa, Bolsonaro também cobrou maior atenção à questão da anistia do 8 de Janeiro, um tema de interesse para o ex-presidente, que poderia ser beneficiado por uma possível aprovação na Câmara.
O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do projeto, aguarda o texto ser devolvido pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), na terça-feira. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deve pautá-lo para votação. Caso a proposta devolvida pelos articuladores não preveja a redução de penas, a bancada do PL apresentará um destaque para ampliar o perdão.
A situação da CPI é acompanhada de perto, com a expectativa de que a investigação avance e contribua para a resolução das fraudes no INSS.
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