A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado provocou uma reação política intensa no Brasil e no exterior. Os filhos do ex-mandatário, Eduardo e Flávio Bolsonaro, fortaleceram a defesa de uma anistia, enquanto autoridades americanas, incluindo Donald Trump e o secretário de Estado Marco Rubio, consideraram o julgamento como uma perseguição política. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comparou o ministro Alexandre de Moraes a líderes autoritários como Hitler e Stalin, alegando que a situação será revertida com apoio internacional, principalmente de Trump. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por outro lado, afirmou que a batalha pela anistia se desenvolverá no Congresso, criticando a atuação do STF.
Contudo, a proposta de anistia enfrenta desafios consideráveis. Circulam no Congresso pelo menos três versões distintas do projeto, sem acordo entre os parlamentares. Ademais, os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), se opõem a tratar da matéria. Especialistas estimam que a oposição diverge quanto ao escopo da medida e se ela poderia, de fato, favorecer Bolsonaro. Moraes já declarou que não há amnistia para crimes contra o Estado democrático de direito, o que sugere a possibilidade de veto judicial.
Enquanto isso, aumenta a pressão internacional. Trump classificou a condenação como “surpreendente” e a comparou aos processos que enfrenta nos Estados Unidos. O republicano já havia declarado considerar Bolsonaro “um bom homem” e qualificado o caso como “caça às bruxas”. Rubio, por sua vez, acusou Moraes de ser “violador de direitos humanos” e garantiu que os EUA “responderão adequadamente”. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, já havia afirmado, antes da condenação, que Trump não hesitará em usar o poder econômico e militar para defender a liberdade de expressão, embora tenha descartado, por ora, sanções imediatas contra o Brasil.
Apesar da pressão, especialistas avaliam que o Supremo Tribunal Federal não cederá a críticas externas. No Congresso, tramam-se debates sobre uma possível redução de pena em vez de anistia generalizada, mas o panorama permanece incerto. O Centrão deverá desempenhar um papel decisivo nas negociações. A mídia internacional também noticiou o julgamento. Revistas, portais e agências de notícias enfatizaram que Bolsonaro foi o primeiro ex-presidente do Brasil condenado por atentado à democracia e estimaram que a decisão pode gerar novos desavenças entre Brasília e Washington.
Com informações de Matheus Dias
LEIA TAMBÉM!
Ministério das Relações Exteriores refuta declarações de Marco Rubio e assegura a independência do Poder Judiciário. O Ministério da Defesa considera que Bolsonaro não violou o Estado Democrático de Direito, avalia a pena como excessiva e buscará recursos.
Reportagem gerada com o uso de inteligência artificial.
Fonte por: Jovem Pan