Estado de Saúde de Bolsonaro e Intervenção da Polícia Federal
Os médicos Claudio Birolini e Leandro Echenique relataram o estado de saúde de Jair Bolsonaro após uma visita à Superintendência da Polícia Federal em Brasília. De acordo com o boletim médico, o ex-presidente está estável, porém, a equipe médica interrompeu o uso da pregabalina, um medicamento prescrito anteriormente por outra médica, sem a aprovação da equipe que o acompanha.
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Alucinações e Interações Medicamentosas
Bolsonaro informou ter experimentado alucinações, atribuindo-as à possível interação entre a pregabalina e outros medicamentos que utiliza. Ele descreveu um “surto”, negando qualquer intenção de fuga. A ata da audiência detalha o relato do ex-presidente sobre a percepção de uma “escuta” em um equipamento eletrônico.
Tentativa de Violação da tornozeleira eletrônica
O capitão da reserva relatou ter tentado violar a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda na madrugada de sábado (22). A perícia identificou marcas de calor no equipamento, indicando a tentativa de adulteração.
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Novas Intervenções Medicamentosas e Defesa
Bolsonaro começou a tomar sertralina, um antidepressivo, cerca de quatro dias antes da prisão, conforme declarado. A interação entre a sertralina e a pregabalina causou dificuldades de sono no ex-presidente. A defesa de Bolsonaro argumentou que a prisão preventiva é desnecessária, considerando o estado de saúde do ex-presidente.
Reações e Defesa Legal
A defesa de Bolsonaro solicitou que o ex-presidente cumprisse eventual pena em casa, citando o quadro de saúde “profundamente debilitado”. A equipe jurídica também expressou preocupação com os riscos à saúde decorrentes da detenção. O PL classificou a prisão como injusta, enquanto líderes governistas defenderam a legalidade da decisão.
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Mobilização e Reações Políticas
A prisão de Bolsonaro gerou forte mobilização entre seus aliados. Michelle Bolsonaro, presente no Ceará, expressou a preocupação de que a ação visa “calar a voz” do marido. Flávio Bolsonaro acusou uma “perseguição” e afirmou que “querem enterrar todos os Bolsonaros vivos”.
Governadores aliados prestaram solidariedade, como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
Contexto da Condenação e Próximos Passos
A condenação de Bolsonaro e aliados em 11 de setembro, relacionada à tentativa de golpe de Estado, não implica no início da prisão. A defesa já anunciou o recurso com embargos infringentes. A situação permanece sob análise jurídica e aguarda o trânsito em julgado das decisões.
