Bolsonarismo em crise: Sem herdeiro, governadores testam espaço eleitoral
Bolsonaro perde espaço político: governadores e Michelle testam terreno, mas nenhum nome se destaca a um ano da eleição.

Eleições de 2026: A Direita em Desvantagem e os Desafios da Oposição
Com apenas um ano para as eleições presidenciais, a direita brasileira enfrenta um cenário complexo e desafiador. A condenação e a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) geram incertezas, enquanto a oposição busca construir uma frente unida para enfrentar o favorito à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva.
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A situação política atual é marcada pela ausência de uma “bússola” para o partido de direita, com o próprio Bolsonaro acompanhando de fora a disputa pelo espólio político, em prisão domiciliar em Brasília (DF). Seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), permanece nos Estados Unidos, enfrentando possíveis novas sanções judiciais. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que antes era apontado como herdeiro natural, insiste em permanecer em São Paulo.
Um Cenário Fragmentado
A disputa pela sucessão presidencial envolve um grupo de três governadores que buscam viabilizar suas candidaturas: Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Jr. (PSD-PR). Enquanto tentam nacionalizar suas marcas e transformar a popularidade regional em trunfo nacional, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), presidente do PL Mulher, permanece como uma alternativa lembrada nas pesquisas eleitorais.
A Importância do Apoio de Bolsonaro
Para Valdemar Costa Neto, presidente do PL, o apoio do ex-presidente é suficiente para elevar as intenções de voto de qualquer candidato a 38% ou 39%. Essa dinâmica, segundo ele, acontece com qualquer candidato conhecido.
Partidos em Busca de Ganho
Os partidos da direita calculam seus ganhos em cada disputa. O PL, maior deles, quer apoiar um nome que possa indultar Bolsonaro, mas também exige protagonismo nas disputas ao Senado, para conter eventual reação do STF. O União Brasil foca no aumento de sua bancada de deputados, enquanto o PP, PSD e Republicanos buscam preservar bancadas e dividir recursos entre candidaturas ao Congresso e a governos estaduais. O MDB ainda não declarou se apoiaria uma candidatura presidencial.
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A Força da Federação União Brasil-PP
João Hummel, analista político da Action Relgov, destaca a federação entre o União Brasil e o PP como um exemplo de coesão, com a maior força do Congresso. O grupo pretende apoiar um nome contra Lula nas urnas.
Desafios e Incógnitas
Apesar da aparente coesão da direita, operadoras do setor apontam para a influência do norte-americano Donald Trump e os rumos da economia como variáveis importantes. A desaceleração da economia e a incerteza sobre o impacto do tarifaço podem levar à fragmentação da direita.
Conclusão
Com 12 meses para a eleição, a oposição enfrenta o desafio de encontrar uma frente unida para enfrentar o favorito à reeleição. A coesão ou a fragmentação da direita se tornam determinantes para o resultado das eleições de 2026.