Comitê Copom mantém Selic em 15% e bolsa sobe; analistas apontam oportunidades de investimento na bolsa de valores.
O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, em 15% ao ano, em sua recente decisão. Essa postura impacta diretamente o mercado financeiro, com a renda fixa ainda se mostrando uma opção atrativa para investidores que buscam segurança.
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Paralelamente, a bolsa de valores apresenta um desempenho positivo, registrando um aumento de mais de 27% no ano, impulsionado por fatores como o enfraquecimento do dólar e a migração de capital para mercados emergentes, incluindo o Brasil.
Para determinar se a bolsa de valores está “cara” ou “barata”, é comum analisar o “preço sobre lucro” (P/L). Esse indicador compara o valor total das ações com o lucro líquido das empresas que as compõem, ponderando os preços de cada ação no Ibovespa.
O resultado, que é 10,3x, indica que o valor de mercado das ações equivale a essa quantidade de vezes os lucros líquidos anuais das empresas. Esse número está abaixo da média histórica de 13,92x nos últimos 10 anos, sugerindo que a bolsa pode estar subvalorizada.
Em 2021, o múltiplo foi de 7,21x; em 2022, 5,76x; em 2023, 9,46x e em 2024, 8,08x, segundo dados da Bloomberg compilados pela Nord Investimentos a pedido da EXAME.
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Apesar do desempenho positivo da bolsa, é importante considerar a sua volatilidade, que é significativamente maior do que a da renda fixa. O investidor deve avaliar seu apetite por risco e seus objetivos de retorno ao escolher entre os dois tipos de ativos.
Para aqueles que buscam maior retorno e estão dispostos a tolerar maior risco, a bolsa pode ser uma boa opção. Já para quem prioriza a previsibilidade e a segurança, a renda fixa continua sendo uma escolha adequada.
A expectativa de queda nas taxas de juros pode beneficiar tanto a renda variável quanto a renda fixa. Títulos prefixados, por exemplo, podem se valorizar se a taxa de juros nominal for menor do que a definida no título, pois o retorno do título comprado se torna maior do que a taxa atual.
A bolsa, por sua vez, pode se beneficiar do fluxo de capital da renda fixa, impulsionando ainda mais seu desempenho.
Em última análise, a decisão de investir em renda variável ou renda fixa depende do perfil de risco e dos objetivos de retorno de cada investidor. A diversificação da carteira, combinando os dois tipos de ativos, pode ser uma estratégia inteligente para aproveitar as oportunidades do mercado financeiro.
A renda fixa, com seu retorno garantido no vencimento, e a bolsa de valores, com seu potencial de retorno superior, podem complementar a carteira de investimentos, oferecendo uma combinação de segurança e rentabilidade.
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