Bolsa Atleta alcança números recordes com 9.200 beneficiários e institui modalidade voltada para as Olimpíadas de 2028

Em Tóquio 2020, 19 dos 21 medalhas conquistadas pelo Brasil contaram com o apoio do Bolsa Atleta.

18/08/2025 16:43

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Bolsa Atleta alcança números recordes com 9.200 beneficiários e institui modalidade voltada para as Olimpíadas de 2028
(Imagem de reprodução da internet).

Lançado em 2005, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o programa Bolsa Atleta alcançou um recorde de beneficiários em 2025, com aproximadamente 9,2 mil atletas selecionados – um aumento de cerca de 27% em relação a 2022. Em entrevista ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato, Iziane Marques, secretária de Excelência Esportiva do Ministério do Esporte, comemorou o feito histórico e abordou os pontos principais do programa e as projeções para as Olimpíadas de 2028 em Los Angeles.

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Para Iziane, uma das principais diferenças do Bolsa Atleta em relação aos contratos de clubes com os atletas é a perenidade. “O programa permite que o atleta tenha uma garantia que, às vezes, até o próprio contrato não tem, porque o atleta geralmente tem contrato por temporadas e pode ficar entre uma temporada e outra desabrigado. Já com o programa, uma vez que ele entra, ele tem ali garantidas as suas 12 parcelas durante todo o ano”.

O programa contempla seis categorias de bolsa: Atleta de Base (R$ 410); Estudantil (R$ 410); Nacional (R$ 1.025,00); Internacional (R$ 2.051,00); Olímpico/Paralímpico (R$ 3.437,00) e Pódio (R$ 5.000,00 a R$ 16.629,00). Para se qualificar à bolsa, os atletas devem ocupar posições de destaque em competições organizadas pelas Confederações Esportivas ao longo do ano.

A partir daqui, estão aptos a se inscrever no programa. Então, no ano que vem, por exemplo, quando lançarmos o novo edital, teremos os resultados dessas competições que foram indicadas pelas respectivas confederações. Assim, os atletas que nessas competições tiveram os resultados até o terceiro lugar, podem requisitar o Bolsa Atleta, explica a secretária.

Pódio

Criada em 2013, a categoria destina-se a atletas com potencial para obter medalhas e competir em finais nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, e já beneficiou mais de 800 esportistas. “O Bolsa Pódio tem uma diferença, porque além dos atletas estarem entre os 20 melhores do mundo, esses atletas também precisam ainda estar no caminho de medalhas para o próximo ciclo olímpico. Então, além desse critério dos 20 primeiros no ranking mundial, ele também precisa estar apto a tentar uma medalha, digamos assim, no próximo ciclo”, conta.

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No período dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, realizados em 2021, 19 dos 21 atletas do país (90,45%) apresentaram a presença do Bolsa Atleta. Houve, em total, seis medalhas de ouro, cinco de prata e oito de bronze conquistadas por atletas beneficiados pelo programa gerenciado pelo Ministério do Esporte.

Para os Jogos Olímpicos de 2028 em Los Angeles, Iziane declara que o treinamento já começou. “Para um ciclo olímpico, Los Angeles está bem encaminhado. Então houve essa preocupação de conseguir já definir, em um grupo de trabalho, esses atletas que serão contemplados no programa Bolsa Pódio, para que eles realmente possam ter esse suporte para representar bem o nosso país e conseguir essas medalhas que nós tanto desejamos”, destaca Iziane.

Para audir e visualizar.

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Fonte por: Brasil de Fato

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