Black Friday 2025 Projeta Crescimento de 2,5% no Varejo

A Black Friday de 2025 deverá movimentar R$ 5,40 bilhões no varejo brasileiro, um aumento de 2,5% em relação aos R$ 5,27 bilhões registrados em 2024. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A data promocional será realizada em 28 de novembro, o último dia útil da semana.

Fatores que Influenciam o Crescimento

Segundo a CNC, a projeção de crescimento de 2,5% é influenciada pela digitalização do consumo, que se intensificou a partir de 2020, ano em que a pandemia da COVID-19 começou. Em 2020, a Black Friday registrou uma expansão anual de 22,4% em comparação com o evento de 2019.

Setores com Maior Potencial

O setor de hiper e supermercados é projetado para liderar o movimento financeiro na Black Friday de 2025, com uma movimentação estimada de R$ 1,32 bilhão. No entanto, a CNC aponta para desafios que podem limitar o crescimento geral.

Desafios e Restrições

Apesar da valorização do real e do cenário favorável do mercado de trabalho, a CNC destaca que juros altos, o aumento da inadimplência e a competição com produtos importados podem restringir o crescimento das vendas durante a Black Friday. O endividamento familiar também é um fator preocupante.

Endividamento Familiar em Alerta

Dados da CNC indicam que o endividamento familiar atingiu um recorde pelo terceiro mês consecutivo. A proporção de famílias com parcelas em atraso também registrou um recorde em outubro, com 30,5%.

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Análise do Economista-Chefe

O economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, em entrevista ao Poder360, afirmou que o varejo deve apresentar resultados “medíocres” na Black Friday e no Natal, devido à falta de espaço no orçamento familiar. Bentes ressaltou que 79,5% das famílias estão endividadas e 30,5% possuem dívidas em atraso.

Segmentos com Diferentes Resultados

A análise da CNC aponta que o impacto da Black Friday e do Natal varia por setor. Segmentos dependentes de crédito, como eletroeletrônicos, eletrodomésticos e informática, podem apresentar quedas nas vendas. Já segmentos menos dependentes de crédito, como alimentação e cosméticos, podem observar um aumento modesto.