ICIJ revela Binance e OKX envolvidas em transações com grupos criminosos. Investigações apontam US$ 408 milhões em criptomoedas transferidas.
Um relatório do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) expõe o envolvimento de grandes plataformas de criptoativos, como Binance e OKX, em transações com grupos criminosos. A investigação, realizada em parceria com 37 meios de comunicação em 35 países, identificou centenas de endereços de carteiras digitais e rastreou fluxos financeiros suspeitos.
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O estudo aponta que pelo menos US$ 408 milhões em criptomoedas foram transferidas para a Binance a partir do Grupo Huione, uma organização cambojana considerada uma das principais preocupações em relação à lavagem de dinheiro pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.
A análise ocorreu durante o período em que a exchange estava sob monitoramento judicial.
A OKX também recebeu recursos significativos do mesmo grupo, em um momento em que a empresa estava sob ordem judicial para manter um diretor de conformidade, após admitir participação em um esquema ilegal de transferência de valores. A investigação detalha o rastreamento de transações envolvendo o cartel de Sinaloa no México, com um endereço blockchain da Binance recebendo cerca de US$ 700 mil provenientes de contas conectadas à Coinbase.
Além disso, a análise identifica conexões com cibercriminosos norte-coreanos e redes de lavagem de dinheiro russas, evidenciando a influência dessas operações nos ganhos das exchanges, que dependem de taxas sobre o volume de negociação. A reportagem destaca o papel das corretoras de cripto como plataformas que facilitam a compra, armazenamento e negociação de ativos digitais.
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