Big techs elevam remessas no Brasil: aumento de 323% entre 2014 e 2024

Big techs elevam remessas no Brasil: de 17,12% a 61,87% do faturamento em 2024. Crescimento de 323% entre 2014 e 2024 impulsiona setor de tecnologia

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(Imagem de reprodução da internet).

Entre 2014 e 2024, as grandes empresas de tecnologia que operam no Brasil aumentaram significativamente a quantidade de receita enviada para seus países de origem. O volume de remessas cresceu impressionantemente, elevando-se de 17,12% para 55,66% do faturamento total – um aumento de 323%.

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O pico dessas remessas ocorreu em 2023, quando representaram 61,87% do faturamento total.

Dados Financeiros e Evolução do Faturamento

Em valores nominais, o envio de recursos pelas big techs subiu de R$ 2,8 bilhões em 2014 (corrigido pelo IPCA, atingindo R$ 4,93 bilhões) para R$ 80,3 bilhões em 2024. Paralelamente, o faturamento bruto dessas empresas cresceu de R$ 21,327 bilhões para R$ 144,3 bilhões (também corrigido pelo IPCA).

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Mudanças na Carga Tributária Federal

Durante o mesmo período, a carga tributária federal sobre as remessas diminuiu. Em 2014, essa carga era de 30,42%, reduzindo-se para 22,13% em 2024 – uma queda de 73% na relação percentual. Essa mudança não se deve à redução de alíquotas, mas à alteração no tipo de receita que está sendo remetida, com maior participação de royalties (que possuem incidência tributária menor) e menor participação de rendimentos de trabalho (que são mais tributados).

Carga Tributária Bruta das Empresas

A carga tributária bruta das empresas também variou de 17,9% para 22,7%, um aumento de 13%. Segundo dados da Firjan, com informações da Receita Federal, Secretaria do Tesouro Nacional, Confaz e Caixa Econômica Federal, o setor de tecnologia não se destaca como o mais onerado quando se considera a carga total (impostos federais, estaduais e municipais).

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A indústria de transformação lidera com 49,2%, seguida por agropecuária e indústria extrativa (8%), e construção (24,1%).

O setor de serviços – que engloba empresas de tecnologia, instituições financeiras e diversos segmentos – apresenta uma carga de 29,7%, à frente do comércio (38,3%) e pouco abaixo dos serviços industriais de utilidade pública, como energia, telecomunicações, abastecimento de água e coleta de resíduos (41,1%).

A diferença é influenciada, sobretudo, por tributos estaduais, especialmente o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

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