Ex-Primeira-Ministra Betssy Chávez Chino Tem Mandado de Prisão Internacional Emitido

O Poder Judiciário peruano decretou nesta sexta-feira (21) cinco meses de prisão preventiva para a ex-primeira-ministra Betssy Chávez Chino, além de expedir um mandado de busca e apreensão internacional. A medida ocorre no âmbito de um processo por tentativa de golpe de Estado e enquanto ela permanece asilada na embaixada mexicana em Lima.

O Peru rompeu relações diplomáticas com o México, considerando que a concessão de asilo a Betssy constitui uma interferência em seus assuntos internos. A ex-chefe de governo é acusada de participação na tentativa de golpe de Estado contra o ex-presidente Pedro Castillo em dezembro de 2022.

“Decide-se decretar a prisão preventiva pelo prazo de 5 meses contra a acusada Betssy Chávez Chino e os mandados de busca e detenção em nível nacional e internacional em relação à acusada”, informou o Poder Judiciário em uma resolução.

O juiz Juan Carlos Checkley argumentou que o risco de fuga e a possibilidade de frustração do julgamento oral são “palpáveis”. A Promotoria Suprema Anticorrupção indicou que a prisão preventiva foi decretada “pelo crime de rebelião e, alternativamente, conspiração, em prejuízo do Estado”.

Após a ordem de prisão, a polícia peruana reforçou a segurança na embaixada do México. O comandante da polícia, general Óscar Arriola, ressaltou que a instituição respeita o marco legal do asilo e descartou qualquer incursão na residência mexicana.

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Betssy Chávez Chino, de 36 anos, está sendo julgada desde março e pode ser condenada a até 25 anos de prisão. Ela permanece na embaixada do México em Lima há 18 dias, aguardando um salvo-conduto para deixar o país.

O governo peruano anunciou, em 7 de novembro, sua intenção de solicitar uma revisão das normas sobre asilo diplomático na região, após o México conceder proteção a Betssy Chávez Chino.