O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, acompanhará o presidente Donald J. Trump em uma missão de alto nível na Ásia, com paradas na Malásia, no Japão e na Coreia do Sul. Essa agenda demonstra a importância da diplomacia econômica na estratégia americana.
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Na Malásia, Bessent se encontrará com o vice-premiês chinês He Lifeng, em meio a tensões comerciais entre os EUA e a People’s Republic of China (PRC). As conversas visam o comércio bilateral e as restrições chinesas sobre “terras raras” e produtos de alta tecnologia, que os EUA consideram ameaças às suas cadeias produtivas.
Foco na Estabilidade Financeira Americana
O objetivo da missão é também fortalecer a posição fiscal dos Estados Unidos. Bessent declarou que o déficit/PIB dos EUA pode cair para cerca de 3%, após atingir 5% atualmente. Isso indica que a economia interna americana está ligada à agenda externa, buscando manter finanças sólidas para ter mais “munição” diplomática.
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Pressão sobre a Dívida Pública
As projeções indicam que, se as tendências atuais se mantiverem, o rácio dívida/PIB dos EUA ultrapassará 100% até 2028. Isso exige que os EUA mostrem coesão e liderança internacional, evitando que problemas fiscais se tornem uma crise de credibilidade.
China e o Diálogo Prévio
O governo americano considera inaceitáveis as restrições chinesas sobre exportações de matérias-primas estratégicas e software. A presença de Bessent visa avançar o diálogo antes da reunião de Trump com o presidente chinês Xi Jinping.
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Engajamento com Aliados Asiáticos
O acordo com a Coreia do Sul, com investimentos prometidos em torno de US$ 350 bilhões, demonstra que os EUA buscam converter a diplomacia em compromissos concretos. Essa estratégia visa fortalecer alianças e influenciar a ordem econômica do Pacífico.
Impactos Globais
A viagem de Scott Bessent à Ásia tem implicações para países emergentes, como o Brasil. Alterações no comércio global e nas cadeias produtivas podem afetar exportações, importações e investimentos estrangeiros diretos.
Se os EUA melhorarem sua posição fiscal e comercial, isso pode fortalecer o dólar e alterar fluxos de capital, com impacto em países dependentes de financiamento externo.
A maior tensão ou alinhamento com a China pode redesenhar blocos econômicos no Pacífico, exigindo de outros países maior atenção geopolítica.
