Belo expande atuação para o Brasil, impulsionada por turistas argentinos. App facilita pagamentos internacionais sem IOF e com câmbio previsível.
A facilidade de viagens entre o Brasil e a Argentina tem gerado um aumento na demanda por serviços financeiros que simplificam a troca de moedas e reduzem custos. A oscilação do câmbio, o aumento do turismo e o trabalho remoto impulsionaram a procura por soluções que facilitem transações internacionais sem burocracia.
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A Belo, fundada em 2021 na Argentina, está oficialmente presente no mercado brasileiro após um período de testes.
A startup, conhecida entre turistas argentinos que visitam o litoral brasileiro, já processou mais de 150 milhões de dólares em operações. A empresa agora busca capturar o fluxo inverso: brasileiros utilizando o sistema para pagar na Argentina com um QR code interoperável, com câmbio previsível e sem IOF.
A Belo aproveita o reconhecimento prévio entre os turistas e busca transformar essa tração em uma presença fixa no mercado. “Nosso foco é entender o feedback dos usuários e adaptar o serviço às suas necessidades”, afirma Manuel Beaudroit, CEO e cofundador da empresa.
Manuel Beaudroit possui experiência no setor financeiro desde 2012, buscando aplicar a tecnologia para criar soluções práticas. Antes da Belo, ele criou o exchange Bitex, com operações em quatro países e cerca de 70 mil clientes. A venda da empresa em 2020 permitiu o desenvolvimento do atual projeto.
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“A Belo surgiu com o objetivo de permitir que as pessoas vivessem utilizando criptomoedas no dia a dia”, explica Beaudroit.
A Belo tem quatro anos de operação, com mais de 3 milhões de usuários na Argentina e cerca de 80 funcionários. A empresa levantou 4,2 milhões de dólares em rodadas anteriores para acelerar a expansão regional.
O processo começa com o download do aplicativo e cadastro, utilizando um documento brasileiro (leva cerca de dois minutos). O usuário transfere saldo via Pix para a conta. Na Argentina, os pagamentos são feitos escaneando um QR code interoperável, similar ao Pix no Brasil.
O câmbio é definido na transação, sem tarifas extras.
O aplicativo também oferece serviços de viagem, como reservas de hotéis e voos com descontos de até 60% e compra de chips de viagem. O usuário pode manter valores em real, peso argentino ou dólar digital.
A abertura oficial da operação brasileira ocorreu há poucas semanas, após testes com o diferencial do aplicativo. A demanda veio inicialmente dos turistas argentinos, que impulsionaram a marca em destinos como Florianópolis, Búzios e Rio de Janeiro. “Fomos bem-sucedidos com turistas argentinos que visitaram o Brasil no verão”, afirma Beaudroit.
A empresa busca converter esse reconhecimento em mercado doméstico. “O nome da Belo é adequado ao mercado brasileiro”, destaca Beaudroit.
A meta é expandir a operação para outros mercados, com foco na Argentina e no Brasil. A empresa pretende alcançar cerca de dez mercados no próximo ano, priorizando o desenvolvimento guiado pelo uso cotidiano e pelo feedback dos clientes.
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