Belém recebe COP30 e desafios urbanos: cidade da Amazônia enfrenta desafios com Círio e desigualdade social. Conferência atrai 50 mil visitantes
Enquanto o mundo concentra sua atenção em Belém, sediará a Conferência das Partes (COP30) a partir de segunda-feira (10), a cidade da região amazônica permanece relativamente desconhecida, mesmo dentro do Brasil. Por decreto do presidente, Belém, com sua população de 1,4 milhão de habitantes, assume o papel de capital simbólica do país durante a importante conferência, que espera receber cerca de 50 mil visitantes internacionais entre os dias 10 e 21 de novembro.
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1) Açaí e a Amazônia: O açaí, popularizado mundialmente por seus supostos benefícios energizantes e antioxidantes, é um acompanhamento essencial em Belém. Diariamente, grandes quantidades da fruta são transportadas para o Mercado Vero-o-Peso, um ponto turístico revitalizado, onde é servido com pratos tradicionais, frequentemente acompanhado de pirarucu, um peixe da Amazônia que pode atingir até três metros de comprimento.
2) Círio de Nazaré: Belém enfrenta desafios logísticos, especialmente em relação à disponibilidade de hotéis, durante os preparativos para a COP30. Contudo, a cidade recebe anualmente, em outubro, o Círio de Nazaré, uma significativa cerimônia religiosa que atrai centenas de milhares de fiéis católicos.
Em 2023, o Círio estabeleceu um novo recorde de participantes, com 2,6 milhões de pessoas, segundo dados oficiais. A celebração homenageia Nossa Senhora da Nazaré, padroeira de Belém, conhecida localmente como “rainha da Amazônia”, e sua imagem está presente em diversos aspectos da cidade.
3) Floresta e Urbanização: Belém está cercada por extensas áreas de floresta tropical, porém, menos da metade de seus habitantes vivem em áreas arborizadas (45,5%), um número inferior à média brasileira de 66%, conforme dados do IBGE.
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4) Concentração de Favelas: Mais de metade da população de Belém (57,1%) reside em favelas, representando a maior taxa entre as cidades brasileiras. A Vila da Barca, uma comunidade construída sobre palafitas para evitar inundações, é um exemplo notável dessa realidade.
5) Música Paraense: Belém é o berço do carimbó, um gênero musical afro-indígena reconhecido pela Unesco, e do brega. A música paraense também se inspira em ritmos caribenhos, como o calipso, o zouk e a cumbia. A recepção de sinais de rádio de regiões próximas à Amazônia era, por muito tempo, mais fácil do que a de grandes metrópoles do sudeste, como Rio de Janeiro ou São Paulo.
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