BeGlobal conecta talentos globais a startups. Fundada por Pedro Cecílio e Stefano Angelero, a startup apoia engenheiros de software em todo o mundo, com foco em startups nos EUA e Europa. A BeGlobal valida talentos e oferece testes de 3 meses para startup e profissional
Trabalhando em uma startup em Nova York, o brasileiro Pedro Cecílio e o uruguaio Stefano Angelero identificaram um problema comum: apesar do crescimento pós-pandemia, startups americanas ainda não contratavam talentos fora de São Francisco e Nova York.
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Essa situação ocorria devido a dois fatores principais: a falta de conhecimento por parte das empresas nos Estados Unidos e na Europa sobre como validar a experiência de profissionais de outras regiões, e a dificuldade de muitos talentos, mesmo qualificados, em superar barreiras culturais e geográficas.
Foi assim que nasceu a BeGlobal. Em pouco mais de um ano de operação, a startup já apoiou dezenas de engenheiros de software ao redor do mundo, mantendo cerca de 1.000 talentos aprovados em sua base, todos com experiência prévia em investidas por grandes fundos de venture capital. “Conhecemos muita gente talentosa e trabalhadora, infeliz no trabalho por não ser vista ou bem remunerada, mas não sabia como conseguir trabalhar para fora.
Ao mesmo tempo, querem contratar remoto, mas não sabem como validar a qualidade da formação e das empresas em que trabalharam. Assim nasceu a BeGlobal”, afirma Cecílio.
A BeGlobal se destaca por seu modelo de teste antes da contratação definitiva. Um ou engenheira trabalha por três meses dentro da startup, com salário pago pelo cliente. Nesse período, é possível validar, na prática, o encaixe técnico e cultural.
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Se o profissional for efetivado, a BeGlobal recebe uma taxa de sucesso. “Ser uma das primeiras contratações de uma startup não é só escrever código. É construir confiança, velocidade e compromisso. O teste permite que startup e profissional descubram isso juntos”, explica Angelero.
Pedro Cecílio, filho de comerciantes, empreende desde os tempos de faculdade. Abriu a Mahau, focada em nutrição, aos 19 anos. Depois criou a Designsquare, que conectava agências de design a pequenas empresas. Os dois negócios não seguiram em frente, mas a experiência levou ele ao mercado de startups. “Acabei me apaixonando.
Queria voltar a trabalhar com tecnologia, mas agora com uma empresa de tecnologia, escalável”, diz Cecílio.
A BeGlobal atende startups investidas por alguns dos maiores fundos de investimento do mundo, como Y Combinator, e Bessemer Venture Partners. Na Europa, mantém parcerias com a Start2 Global — reconhecida pelo portal Financial Times como a principal rede de hubs de startups do continente — e a Ewor, apelidada de “Y Combinator europeia”.
A empresa conecta talentos de várias regiões, principalmente da América Latina, com startups dos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha. “Não temos clientes no Brasil, mas muitos dos engenheiros contratados são brasileiros”, diz Angelero.
Em junho de 2024, os dois fundadores largaram tudo e se mudaram para a região litorânea do Rio Grande do Norte, com cerca de 17 mil habitantes. “Decidimos ir para um lugar tranquilo, perto da praia. Era um espaço para nos mantermos isolados, focados e nos conhecermos melhor. Lá nasceu o primeiro projeto da BeGlobal”, explica Angelero. Eles passaram os primeiros meses com pouco dinheiro e longas horas de trabalho. Foram oito meses de desenvolvimento até o produto final — do primeiro rascunho ao lançamento. “Sabíamos que havia muita gente em outras regiões que não tinha as mesmas oportunidades que tivemos. Queríamos mudar isso. Passamos os dias conversando com fundadores, testando modelos e ajustando o produto até encontrar algo que todos queriam”, conta Cecílio.
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