Expansão da Baurucas: Da Rua ao Franquia e Novos Horizontes
A história da Baurucas, marca carioca que começou com um carrinho de pipoca na Rua Viúva Dantas, em Campo Grande, é um exemplo de empreendedorismo e adaptação. Fundada em 2018 com um investimento inicial de R$ 3.000 e R$ 900, a empresa, criada por Maurício Matheus e Andressa Martins, trilhou um caminho de crescimento notável, expandindo suas operações e conquistando novos mercados.
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A jornada da Baurucas demonstra a importância de identificar nichos de mercado e oferecer produtos diferenciados, adaptando-se às mudanças do consumidor.
Dos Primeiros Passos na Rua
O início da Baurucas foi marcado pela persistência e pela busca por um diferencial. Inicialmente, a empresa vendia pipocas nos tamanhos P, M e G, com preços que variavam de R$ 4 a R$ 10. No entanto, as vendas iniciais foram baixas, com o público considerando o preço alto em comparação com os pipoqueiros tradicionais.
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A dupla não desistiu e, ao encontrar um ponto na rodoviária de Campo Grande, conseguiu faturar R$ 200 por dia.
Os desafios eram práticos, como a necessidade de Maurício pegar trem e metrô até Niterói para comprar o milho mushroom, que não era vendido em mercados comuns. A produção, totalmente manual, rendia quatro baldes de 3,8 kg após uma semana inteira de trabalho.
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O ponto de virada veio quando a dupla percebeu que não competia com o pipoqueiro da esquina, mas com consumidores que buscavam algo diferente.
Um episódio marcou esse entendimento: “Aquele casal de catadores de latinha pagou R$ 4 na pipoca. Eles viram valor no produto e no atendimento. Naquele dia eu falei pra Andressa: nunca mais vamos abaixar preço”, afirma Maurício.
A Pandemia e a Transformação
A entrada do Park Shopping Campo Grande, em outubro de 2019, mudou o jogo. O primeiro mês registrou R$ 35 mil de faturamento, mas a pandemia obrigou o fechamento imediato. Para sobreviver, a Baurucas migrou para o delivery, revelando um novo comportamento: clientes gastavam cerca de R$ 250 por mês com pipoca.
No iFood, a dupla conheceu quem era seu cliente de verdade. Com a demanda crescente, a marca passou pelo primeiro rebranding em 2021, o que permitiu preparar a entrada em shoppings maiores, como o Barra Shopping, onde o faturamento saltou de R$ 25 mil para R$ 80 mil após a mudança de ponto.
Franquias e Expansão
Em 2022, a Baurucas virou franquia. A primeira venda não foi isolada: um único investidor comprou três unidades. “Para virar franquia, só fazia sentido se fossem três. Eu precisava comprar a máquina e terminar a formatação”, diz Maurício.
O perfil dos franqueados também chamou atenção: 80% já eram empresários e, em muitos casos, casais — público que entendia fluxo de shopping, operação enxuta e ticket médio alto.
Em 2023, a marca contabilizou 15 novas unidades, e em 2024 já são 43 lojas operando e 50 comercializadas. Hoje, apenas em royalties, a franqueadora recebe R$ 1.700.000 por mês da rede. Somando fábrica, unidades próprias e a franqueadora, o grupo deve fechar o ano com R$ 25.000.000.
A meta agora é ocupar os maiores shoppings da região Sudeste, responsável por 60% do consumo de pipoca do país. A marca inaugura unidades no Gran Plaza Shopping (Santo André), Super Shopping Osasco, Max Shopping Jundiaí e, em janeiro, em Juiz de Fora.
“Nosso objetivo é estar presente nos maiores shoppings do Sudeste. O negócio foi desenhado para esse público”, afirma Maurício. “A missão da Baurucas sempre foi transformar o consumo de pipoca no Brasil, entregando um momento especial na rotina das pessoas.”
