Banco de dados com dados físico-químicos e sensoriais de pescados criado. Saiba mais no Poder360.
Um estudo pioneiro da Embrapa Agroindústria de Alimentos e do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM) resultou na criação de um banco de dados abrangente sobre sete espécies de pescado de grande importância econômica e preferência de consumo no Brasil. Essa iniciativa visa acelerar o desenvolvimento e a comercialização de alternativas de pescado, seja através de proteínas vegetais ou de cultivo celular.
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O estudo caracterizou as propriedades físicas, químicas, funcionais e sensoriais das espécies alvo: Garoupa (Epinephelus marginatus), Robalo (Centropomus spp.), Bijupirá (Rachycentron canadum), Atum Bigeye (Thunnus obesus), Atum Albacora (Thunnus albacares), Camarão Cinza (Litopenaeus vannamei) e Salmão-do-Atlântico (Salmo salar). A pesquisa se concentrou em atributos como o pH, que mede o grau de acidez do músculo, e o perfil de compostos aromáticos voláteis, uma “impressão digital química” do aroma do peixe.
O resultado é a plataforma Pisces (Phylogenetic Index of Seafood CharactEriStics), um índice filogenético de características de pescado, e o Atlas (ArcheType Library for Alternative Seafood), ambas criadas e mantidas pelo GFI (The Good Food Institute). Essas ferramentas funcionam como repositórios estruturados com informações padronizadas sobre espécies de pescado, facilitando a inovação baseada em evidências científicas.
Os pesquisadores enfatizam que a compreensão detalhada do pescado convencional, em nível celular e molecular, é fundamental para que a indústria consiga igualar os produtos de pescado alternativo aos seus equivalentes convencionais em sabor, textura, cor e aroma. O banco de dados inédito preenche uma lacuna de dados, antes fragmentada e dispersa.
A aplicação de protocolos uniformes de análise nas diferentes espécies gerou resultados de qualidade que trazem diversos benefícios potenciais: compreensão aprimorada, avaliação otimizada e maior aceitação de mercado. O conhecimento gerado cria uma base científica sólida para embasar a formulação de novos alimentos sustentáveis.
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A equipe pretende aplicar esse conhecimento na criação efetiva de produtos alternativos, com a expectativa de que impulsionem novas pesquisas e contribuam para levar ao mercado produtos de origem vegetal ou cultivada com qualidade cada vez mais próxima à do pescado tradicional. Além disso, os resultados foram compilados no Catálogo de Caracterização do Pescado Marinho para a Indústria de Proteínas Alternativas, publicado em 2025, servindo como guia prático para empresas e startups.
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